O rebaixamento das notas de 12 instituições financeiras de Portugal, Espanha e Reino Unido, na tarde de 7 de outubro, juntamente com a diminuição das notas da Itália e Espanha, pela agência de avaliação de riscos Fitch Ratings, cria novamente uma situação de não estabilidade dos mercadosemergentes. A nota da Itália passa de AA- para A+ e a da Espanha. de AA+ para AA-, o que vem indicando, no caso do primeiro país, a Itália, alto endividamento público e vulnerabilidade relacionada aos choques externos, e, no caso do segundo, Espanha falta de cumprimento de metas orçamentárias prejudicando os esforços de consolidação fiscal.
Essa situação acaba prejudicando todos os países emergentes e que não possuem tanta vulnerabilidade aos negócios externos, mas, que podem trazer prejuízos dentro da sua comercialização no que se refere às exportações de seus produtos para essa região.
O ajuste americano foi muito mais severo e os transtornos que houveram acabaram sendo menos sentido ainda pelo mundo globalizado, mas, no caso da zona do Euro como envolve diversos países a crise de um país acaba afetando a todos os que fazem parte desse mercado comum. Adesconfiança do investidor é muito grande e quem investe em países emergentes acabam retirando o seus recursos e transformando em uma moeda mais estável como o dólar e novamente essa situação poderá gerar corrida em busca de tal moeda.
Alguns dos países da Zona do Euro não fizeram sua lição de casa no tocante aos ajustes fiscais e redução do endividamentopúblico, aliado ao crescimento de alguns países emergentes como por exemplo: Brasil, China e Índia e essa instabilidade provocara novamente corrida por uma moeda mais estável Dólar, podendo provocar, aqui no Brasil, nova desvalorização do real frente ao dólar.
No Brasil, a publicações das DemonstraçõesContábeis relativos ao 3º Trimestre de 2011 vai identificar o aumento ou redução significativa dos resultados das diversas Companhias listadas na BOVESPA – Bolsa de Valores de São Paulo e esse termômetro será significativo para a tomada de decisões por parte do Governo buscando minimizar os riscosinerentes ao mercado internacional, ou seja, manutenção do aquecimento da empregabilidade, mecanismos de controle inflacionário e busca da redução dos gastos públicos que acabam gerando maior necessidade de recursos com pagamento de juros para financiá-los.
por Reginaldo Gonçalves, coordenador de Ciências Contábeis da Faculdade Santa Marcelina, em São Paulo
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