O Brasil segue como a nação que apresenta uma das maiores cargas tributárias para empresas do mundo. De acordo com a avaliação da rede internacional de contabilidade e consultoria UHY, por exemplo, o País ocupa o quarto lugar no ranking de organizações com lucro acima de US$ 100 milhões e perde apenas para Japão, Estados Unidos e França.
Na análise de companhias com lucro até US$ 10 milhões, os números também não deixam a desejar. Neste quesito, o País fica com a terceira posição, conforme apontam os dados divulgados nesta segunda-feira (3) pela consultoria.
Mais investimentosNa opinião do diretor técnico da UHY Moreira-Auditores, Diego Moreira, as altas taxas praticadas são prejudiciais, já que inibem a atração de empresas estrangeiras para o País. “É sabido que capitais estrangeiros estão vindo para o Brasil, mas uma revisão da nossa política tributária poderia atrair mais investimentos internacionais, que seriam revertidos em ganhos de produção, empregos e desenvolvimento”, afirma.
Para ele, essa seria uma boa oportunidade, já que a economia brasileira atravessa um momento favorável, com um mercado consumidor aquecido. "Uma taxa fiscal mais competitiva se tornaria um atrativo para outras empresas internacionais voltarem a estabelecer sede no Brasil”, acrescenta Moreira.
Impostos corporativos pagáveis por país em dólares dos EUA (por lucro pré-imposto) | |||||
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de US$ 100 milhões | de US$ 10 milhões | ||||
Japão | US$ 41.990.000 | 42% | Japão | US$ 419.900 | 42% |
EUA | US$ 35.000.000 | 35% | EUA | US$ 340.000 | 34% |
França | US$ 34.397.363 | 34% | Brasil | US$ 340.000 | 34% |
Brasil | US$ 34.000.000 | 34% | França | US$ 333.333 | 33% |
Fonte: UHY |
O estudoO estudo considerou os dados corporativos de empresas de 21 países e teve como base o lucro estatuário e pré-impostos de organizações de US$ 100 mil, US$ 10 milhões e US$ 100 milhões. A pesquisa avaliou as nações integrantes do Bric (Brasil, Rússia, Índia e China), do G8 (Estados Unidos, Japão, Alemanha, Reino Unido, França, Itália, Canadá e Rússia) e as principais economias emergentes.
Fonte: Infomoney
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