sexta-feira, 30 de março de 2012

30/03 Como investir em ações?


Confira dicas sobre como atuar no mercado financeiro


Realizar investimentos de diversos tipos é uma atividade cada vez mais comum e acessível para qualquer cidadão. A informatização e a automação dos sistemas da Bolsa de Valores – bem como a disseminação da internet e o aumento do poder aquisitivo dos brasileiros – possibilitaram a compra e a venda de ações e títulos de forma bem mais simples e rápida do que se imagina. Mas lembre-se: com dinheiro, não se brinca. Para começar a investir, deve-se partir do pressuposto de uma vida financeira saudável e regrada.

COMO COMEÇAR

Para investir em ações, é necessária a mediação de uma instituição financeira, geralmente um banco ou uma corretora de valores credenciada pelo Banco Central. A maioria das corretoras conta com plataformas on-line – as home brokers – que permitem a interação dos usuários com a Bolsa de Valores a partir de uma conexão com a internet. Existem taxas (corretagem e custódia) que variam entre as empresas. Portanto, deixe seu lado consumidor falar mais alto e pesquise preços e promoções de várias corretoras, e avalie qual delas se encaixa melhor no seu perfil investidor antes de fechar a escolha. De acordo com Miriam Macari, especialista em corretagem de valores e investimentos, para investir em ações, especificamente, não existe um perfil ideal. "Depende do investimento pelo qual a pessoa quer optar, dos seus objetivos e dos riscos que pretende correr. Existem vários ativos disponíveis no mercado de ações nos quais ele pode investir", explica.
Imagem: Thinkstock

FIQUE ATENTO

Quanto gastar

O Mercado de Ações é ideal para estratégias de ganhos a longo prazo. Logo, querer obter retorno imediato para saldar dívidas de curto prazo só vai trazer mais prejuízo. Saber como e qual é a importância de poupar para fazer sobrar dinheiro no final do mês é vital. "Parece óbvio, mas muita gente esquece disso", afirma Macari. Virtude: Educação financeira. Vício: Esperar ganhos imediatos ou em curto prazo.

Organização

Vencido o primeiro desafio, pergunte-se: o que eu quero com esse investimento? Aposentar-me com conforto, comprar um apartamento ou fazer uma viagem? Lembre-se: ganhos com ações são de longo prazo. Virtude: Traçar um objetivo. Vício: Começar dando passos maiores do que as pernas.

Informação

Na caderneta de poupança, você coloca o dinheiro e espera ele render sozinho. Em ações, você tem que se informar sobre as empresas onde vai investir, as perspectivas do setor e o panorama econômico e político. Tenha em mente que todo investimento envolve riscos – sobretudo, os de renda variável – e os ganhos ou as perdas dependem das suas escolhas. Virtude: Buscar informações. Vício: Permanecer desatualizado ou ignorar as diversas variáveis.

Estratégia

A máxima do mercado é comprar na baixa e vender na alta. Mas outros detalhes entre a compra e a venda devem ser considerados. "Existem formas de se proteger no mercado de ações, investindo com risco baixo", destaca Macari. Não se deve tomar nenhuma atitude por impulso ou emoção. Tudo precisa ser analisado. Virtude: Traçar estratégias de investimento. Vício: Comprar ou vender ações por impulso, sem estudar o mercado.

Diversidade

Nunca, absolutamente nunca aposte todas as suas fichas em uma só empresa ou em um só setor. Diversifique seus investimentos. Dessa forma, você será bem menos afetado por eventuais oscilações ou até por uma crise em um determinado setor da economia. Virtude: Diversificar a carteira. Vício: Pegar atalhos "milagrosos".

TIPOS DE INVESTIMENTO

O tipo de investimento pelo qual o aspirante a investidor deve optar varia de acordo com o seu comportamento financeiro – que vai de conservador a arrojado – de modo que o melhor caminho para escolher é se informar minuciosamente sobre as características de cada um. Os modelos de investimentos mais comuns no mercado são:
1. Renda fixa

- Tesouro direto

- CDBs e RDBs (Certificados e Recibos de Depósitos Bancários)

- Debênture

- Caderneta de poupança

2. Renda variável 

- Ações

- Fundo de Índice (ETF)

- Fundos de Investimento 
Matéria publicada originalmente na Revista Administradores nº 9 (setembro)
Por Eber Freitas, Revista Administradores

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