Complexidade da agenda, gerenciamento de riscos e sucessão do CFO lideram, segundo pesquisa da KPMG
Mundialmente os Comitês de Auditoria concordam que, em virtude do volume de trabalho, está cada vez mais difícil supervisionar, ao mesmo tempo, a atuação da gestão nas atividades de gerenciamento de riscos, e a elaboração das demonstrações financeiras das empresas. São dados da sétima pesquisa global sobre os Comitês de Auditoria (2014 Global Audit Committee Survey), realizada pelo ACI Institute da KPMG com aproximadamente 1.500 membros de comitês de auditoria de 34 países. Também foi constatado que o plano de sucessão do CFO (Diretor financeiro) é um assunto que precisa ser melhor monitorado.
Embora muitos Comitês de Auditoria sejam os principais responsáveis por dar suporte aos Conselhos de Administração no monitoramento da estrutura e das atividades de gerenciamento de riscos pela gestão, há uma grande preocupação sobre a efetividade deste gerenciamento, considerando o amplo número de riscos críticos enfrentados pelas empresas (cumprimento às diversas leis e regras regulatórias; lei anticorrupção; segurança da informação e estrutura do sistema de TI; e as diversas ameaças financeiras emergentes).
Constatou-se que 43% dos respondentes estão satisfeitos em relação ao tempo dedicado e expertise de seu comitê de auditoria para supervisionar esses riscos, contudo este mesmo percentual admite ser um desafio cada vez maior manter a qualidade da supervisão e assegurar que as empresas sejam alertadas e rapidamente tomem providências, à medida que os riscos surgem ou se tornam significativos.
Cerca de 26% dos entrevistados diz que houve redistribuição ou rebalanceamento das responsabilidades de supervisão dos riscos entre seu conselho administrativo e seus comitês, 22% criaram novos comitês para focar em riscos e questões específicos e 36% informaram que mudanças são consideradas para um futuro próximo.
“No Brasil, as pautas do Conselho de Administração e dos Comitês de Auditoria não estão diferentes”, disse Sidney Ito, sócio-líder do ACI Institute e da área de Consultoria em Riscos da KPMG Brasil e América do Sul. “Supervisionar a qualidade das demonstrações financeiras e as atividades da auditoria externa, bem como assegurar que elas sejam efetivas e com recursos adequados e suficientes, já são tarefas que exigem muita dedicação e conhecimento. A pesquisa sugere que é esperado que a auditoria interna tenha suas responsabilidades ampliadas. Contudo é necessário avaliar se estas estão estruturadas e têm apoio para isso”, alerta Ito.
Embora os Comitês de Auditoria estejam satisfeitos com a maior parte das informações que recebem em relação aos principais riscos enfrentados pelas empresas, aproximadamente um em cada três respondentes informaram que os dados sobre segurança da informação (cibersegurança), tecnologias emergentes (redes sociais e telefones móveis) e planos de crescimento e de inovação da empresa precisam de melhorias.
Fonte: www.administradores.com.br
Via CFC
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