Dispõe
sobre a apresentação da Declaração de Ajuste Anual do Imposto sobre a Renda da
Pessoa Física referente ao exercício de 2014, ano-calendário de 2013, pela
pessoa física residente no Brasil.
O
SECRETÁRIO DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL, no uso das atribuições que lhe conferem
os incisos III e XXVI do art. 280 do Regimento Interno da Secretaria da Receita
Federal do Brasil, aprovado pela Portaria MF nº 203, de 14 de maio de 2012, e
tendo em vista o disposto no art. 88 da Lei nº 8.981, de 20 de janeiro de 1995,
no caput e § 1º do art. 7º e nos arts. 10, 14 e 25 da Lei nº 9.250, de 26 de
dezembro de 1995, no art. 27 da Lei nº 9.532, de 10 de dezembro de 1997, e no
art. 16 da Lei nº 9.779, de 19 de janeiro de 1999, resolve:
Art. 1º
Esta Instrução Normativa estabelece normas e procedimentos para a apresentação
da Declaração de Ajuste Anual do Imposto sobre a Renda da Pessoa Física
referente ao exercício de 2014, ano-calendário de 2013, pela pessoa física
residente no Brasil.
CAPÍTULO I
DA OBRIGATORIEDADE DE
APRESENTAÇÃO
Art. 2º
Está obrigada a apresentar a Declaração de Ajuste Anual referente ao exercício
de 2014, a pessoa física residente no Brasil que, no ano-calendário de 2013:
I -
recebeu rendimentos tributáveis, sujeitos ao ajuste na declaração, cuja soma
foi superior a R$ 25.661,70 (vinte e cinco mil, seiscentos e sessenta e um
reais e setenta centavos);
II -
recebeu rendimentos isentos, não tributáveis ou tributados exclusivamente na
fonte, cuja soma foi superior a R$ 40.000,00 (quarenta mil reais);
III -
obteve, em qualquer mês, ganho de capital na alienação de bens ou direitos,
sujeito à incidência do imposto, ou realizou operações em bolsas de valores, de
mercadorias, de futuros e assemelhadas;
IV -
relativamente à atividade rural:
a) obteve
receita bruta em valor superior a R$ 128.308,50 (cento e vinte e oito mil,
trezentos e oito reais e cinquenta centavos);
b) pretenda compensar, no
ano-calendário de 2013 ou posteriores, prejuízos de anos-calendário anteriores
ou do próprio ano-calendário de 2013;
V - teve,
em 31 de dezembro, a posse ou a propriedade de bens ou direitos, inclusive
terra nua, de valor total superior a R$ 300.000,00 (trezentos mil reais);
VI -
passou à condição de residente no Brasil em qualquer mês e nesta condição
encontrava-se em 31 de dezembro; ou
VII - optou pela
isenção do Imposto sobre a Renda incidente sobre o ganho de capital auferido na
venda de imóveis residenciais, cujo produto da venda seja aplicado na aquisição
de imóveis residenciais localizados no País, no prazo de 180 (cento e oitenta)
dias contado da celebração do contrato de venda, nos termos do art. 39 da Lei
nº 11.196, de 21 de novembro de 2005.
§ 1º Fica dispensada
de apresentar a Declaração de Ajuste Anual, a pessoa física que se enquadrar:
I - apenas na
hipótese prevista no inciso V do caput e que, na constância da sociedade
conjugal ou da união estável, os bens comuns tenham sido declarados pelo outro
cônjuge ou companheiro, desde que o valor total dos seus bens privativos não
exceda R$ 300.000,00 (trezentos mil reais); e
II - em pelo menos
uma das hipóteses previstas nos incisos I a VII do caput, caso conste como
dependente em Declaração de Ajuste Anual apresentada por outra pessoa física,
na qual tenham sido informados seus rendimentos, bens e direitos, caso os
possua.
§ 2º A pessoa física,
ainda que desobrigada, pode apresentar a Declaração de Ajuste Anual, desde que
não tenha constado em outra declaração como dependente.
CAPÍTULO II
DA OPÇÃO PELO DESCONTO SIMPLIFICADO
Art. 3º A pessoa
física pode optar pelo desconto simplificado, observado o disposto nesta
Instrução Normativa.
§ 1º A opção pelo
desconto simplificado implica a substituição de todas as deduções admitidas na
legislação tributária, correspondente à dedução de 20% (vinte por cento) do
valor dos rendimentos tributáveis na Declaração de Ajuste Anual, limitado a R$ 15.197,02
(quinze mil, cento e noventa e sete reais e dois centavos).
§ 2º É vedada a opção
pelo desconto simplificado na hipótese de o contribuinte pretender compensar
prejuízo da atividade rural ou imposto pago no exterior.
§ 3º O valor
utilizado a título de desconto simplificado, de que trata o § 1º, não justifica
variação patrimonial, sendo considerado rendimento consumido.
CAPÍTULO III
DA FORMA DE ELABORAÇÃO
Art. 4º A Declaração
de Ajuste Anual pode ser elaborada com o uso de:
I - computador,
mediante a utilização do Programa Gerador da Declaração (PGD) relativo ao exercício
de 2014, disponível no sítio da Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB),
na Internet, no endereço <http://www.receita.fazenda.gov.br>;
II - dispositivos
móveis tablets e smartphones, mediante a utilização do m-IRPF, observado o
disposto no art. 5º.
Parágrafo único. O m-IRPF é acionado por meio do
aplicativo APP Pessoa Física, disponível nas lojas de aplicativos Google play,
para o sistema operacional Android, ou App Store, para o sistema operacional
iOS.
CAPÍTULO IV
DAS VEDAÇÕES À UTILIZAÇÃO DO M-IRPF
Art. 5º É vedada a
utilização do m-IRPF de que trata o inciso II do caput do art. 4º para a
apresentação da Declaração de Ajuste Anual do Imposto sobre a Renda na hipótese
de os declarantes ou seus dependentes informados nessa declaração, no ano-calendário
de 2013:
I - terem auferido:
a) rendimentos
tributáveis:
1. recebidos do
exterior;
2. com exigibilidade
suspensa; ou
3. sujeitos ao ajuste
anual, cuja soma foi superior a R$ 10.000.000,00 (dez milhões de reais); ou
b) os seguintes
rendimentos sujeitos à tributação exclusiva ou definitiva:
1. ganhos de capital
na alienação de bens ou direitos;
2. ganhos de capital
na alienação de bens, direitos e aplicações financeiras
adquiridos em moeda estrangeira;
3. ganhos de capital
na alienação de moeda estrangeira mantida em espécie;
4. ganhos líquidos em
operações de renda variável realizadas em bolsa de valores, de mercadorias, de
futuros e assemelhadas, e fundos de investimento imobiliário; ou
5. recebidos
acumuladamente (RRA) de que trata o art. 12-A da Lei nº 7.713, de 22 de
dezembro de 1988; ou
c) os seguintes
rendimentos isentos e não tributáveis:
1. lucro na alienação
de bens ou direitos de pequeno valor ou do único imóvel, lucro na venda de
imóvel residencial para aquisição de outro imóvel residencial, e redução do
ganho de capital;
2. parcela isenta
correspondente à atividade rural;
3. recuperação de
prejuízos em renda variável (bolsa de valores, de mercadorias, de futuros e
assemelhados e fundos de investimento imobiliário); ou
4. rendimentos cuja
soma foi superior a R$ 10.000.000,00 (dez milhões de reais); ou
d) rendimentos
tributados exclusivamente na fonte, cuja soma foi superior a R$ 10.000.000,00
(dez milhões de reais); ou
II - terem se
sujeitado:
a) ao imposto pago no
exterior ou ao recolhimento do Imposto sobre a Renda na fonte de que tratam os
§§ 1º e 2º do art. 2º da Lei nº 11.033, de 21 de dezembro de 2004;
b) ao preenchimento
dos demonstrativos referentes à atividade rural, ao ganho de capital na
alienação de bens e direitos, ao ganho de capital em moeda estrangeira ou à
renda variável ou das informações relativas a doações efetuadas;
c) à obrigação de
declarar a saída definitiva do país; ou
d) a prestar
informações relativas a espólio; ou
III - que pretendam
efetuar doações, no próprio exercício de 2014, até a data de vencimento da 1ª
(primeira) quota ou da quota única do imposto, aos Fundos dos Direitos da
Criança e do Adolescente Nacional, estaduais, Distrital ou municipais
diretamente na Declaração de Ajuste Anual; ou
IV - terem realizado
pagamentos de rendimentos a pessoas jurídicas, quando constituam dedução na
declaração, ou a pessoas físicas, quando constituam, ou não, dedução na
declaração, cuja soma foi superior a R$ 10.000.000,00 (dez milhões de reais),
em cada caso ou no total.
CAPÍTULO V
DA DECLARAÇÃO DE AJUSTE ANUAL PRÉ-PREENCHIDA
Art. 6º O
contribuinte pode utilizar a Declaração de Ajuste Anual Pré preenchida, desde
que:
I - tenha apresentado
a Declaração de Ajuste Anual referente ao exercício de 2013, ano-calendário de
2012;
II - no momento da
importação do arquivo referido no § 1º, as fontes pagadoras tenham enviado para
a RFB a Declaração do Imposto sobre a Renda Retido na Fonte (Dirf) referente ao
exercício de 2014, ano-calendário de 2013.
§ 1º A RFB
disponibiliza ao contribuinte um arquivo a ser importado para a Declaração de
Ajuste Anual, já contendo algumas informações relativas a rendimentos,
deduções, bens e direitos e dívidas e ônus reais.
§ 2º O acesso às
informações do arquivo de que trata o § 1º a ser importado para a Declaração de
Ajuste Anual só pode ser feito por contribuinte que possua certificação digital
ou por representante com procuração eletrônica.
§ 3º O arquivo deve
ser obtido no Portal e-CAC (Centro Virtual de Atendimento ao Contribuinte) no
sítio da RFB, na Internet, no endereço referido no inciso I do caput do art 4º.
§ 4º É de inteira
responsabilidade do contribuinte a verificação da correção de todos os dados
pré-preenchidos na Declaração de Ajuste Anual, devendo realizar as alterações,
inclusões e exclusões das informações necessárias, se for o caso.
§ 5º O disposto neste
artigo não se aplica à Declaração de Ajuste Anual elaborada com o uso do m-IRPF
de que trata o inciso II do caput do art. 4º.
CAPÍTULO VI
DO PRAZO E DOS MEIOS DISPONÍVEIS PARA A APRESENTAÇÃO
Art. 7º A Declaração
de Ajuste Anual deve ser apresentada no período de 6 de março a 30 de abril de
2014, pela Internet, mediante a utilização do programa de transmissão
Receitanet, disponível no sítio da RFB, no endereço referido no inciso I do
caput do art. 4º ou pelo m-IRPF de que trata o inciso II do art. 4º, observado o
disposto no art. 5º.
§ 1º O serviço de
recepção da Declaração de Ajuste Anual de que trata o caput será interrompido
às 23h59min59s (vinte e três horas, cinquenta e nove minutos e cinquenta e nove
segundos), horário de Brasília, do último dia do prazo estabelecido no caput.
§ 2º A comprovação da
apresentação da Declaração de Ajuste Anual é feita por meio de recibo gravado
depois da transmissão, em disco rígido de computador, em mídia removível ou no
dispositivo móvel que contenha a declaração transmitida, cuja impressão fica a cargo
do contribuinte e deve ser feita mediante a utilização do PGD de que trata o
inciso I do caput do art. 4º.
§ 3º Deve transmitir
a Declaração de Ajuste Anual, com a utilização de certificado digital, o
contribuinte que se enquadrou, no ano-calendário de 2013, em pelo menos uma das
seguintes situações:
I - recebeu rendimentos:
a) tributáveis
sujeitos ao ajuste anual, cuja soma foi superior a R$ 10.000.000,00 (dez
milhões de reais);
b) isentos e não
tributáveis, cuja soma foi superior a R$ 10.000.000,00 (dez milhões de reais);
c) tributados
exclusivamente na fonte, cuja soma foi superior a R$ 10.000.000,00 (dez milhões
de reais); ou
II - realizou
pagamentos de rendimentos a pessoas jurídicas, quando constituam dedução na
declaração, ou a pessoas físicas, quando constituam, ou não, dedução na
declaração, cuja soma foi superior a R$ 10.000.000,00 (dez milhões de reais),
em cada caso ou no total.
§ 4º A Declaração de
Ajuste Anual relativa a espólio, independentemente de ser inicial ou
intermediária, ou a Declaração Final de Espólio, que se enquadre nas hipóteses
previstas no § 3º deve ser apresentada, em mídia removível, em uma unidade da
RFB, durante o seu horário de expediente, sem a necessidade de utilização de
certificado digital.
§ 5º O disposto nos
§§ 3º e 4º não se aplica à Declaração de Ajuste Anual elaborada com o uso do
m-IRPF de que trata o inciso II do caput do art. 4º.
CAPÍTULO VII
DA APRESENTAÇÃO DEPOIS DO PRAZO
Art. 8º Depois do
prazo de que trata o caput do art. 7º, a Declaração de Ajuste Anual deve ser
apresentada:
I - pela Internet,
mediante a utilização do programa de transmissão Receitanet;
II - utilizando o
m-IRPF de que trata o inciso II do caput do art. 4º, na hipótese de
apresentação de declaração original, observado o disposto no art. 5º; ou
III - em mídia
removível, nas unidades da RFB, durante o seu horário de expediente.
CAPÍTULO VIII
DA RETIFICAÇÃO
Art. 9º Caso a pessoa
física constate que cometeu erros, omissões ou inexatidões em Declaração de
Ajuste Anual já entregue, poderá apresentar declaração retificadora:
I - pela Internet,
mediante a utilização do:
a) programa de
transmissão Receitanet; ou
b) aplicativo
"Retificação online", disponível no endereço referido no inciso I do
caput do art. 4º;
II - em mídia
removível, nas unidades da RFB, durante o seu horário de expediente, se após o
prazo de que trata o caput do art. 7º.
§ 1º A Declaração de
Ajuste Anual retificadora tem a mesma natureza da declaração originariamente
apresentada, substituindo-a integralmente e, portanto, deve conter todas as
informações anteriormente declaradas com as alterações e exclusões necessárias,
bem como as informações adicionais, se for o caso.
§ 2º Para a
elaboração e a transmissão de Declaração de Ajuste Anual retificadora deve ser
informado o número constante no recibo de entrega referente à última declaração
apresentada, relativa ao mesmo ano-calendário.
§ 3º Depois do prazo
de que trata o caput do art. 7º, não é admitida retificação que tenha por
objetivo a troca de opção por outra forma de tributação.
§ 4º O disposto neste
artigo não se aplica à Declaração de Ajuste Anual elaborada com o uso do m-IRPF
de que trata o inciso II do caput do art. 4º.
CAPÍTULO IX
DA MULTA POR ATRASO NA ENTREGA OU POR NÃO APRESENTAÇÃO
Art. 10. A entrega da
Declaração de Ajuste Anual depois do prazo de que trata o caput do art. 7º, ou
a sua não apresentação, se obrigatória, sujeita o contribuinte à multa de 1%
(um por cento) ao mês-calendário ou fração de atraso, calculada sobre o total
do imposto devido nela apurado, ainda que integralmente pago.
§ 1º A multa a que se
refere este artigo é objeto de lançamento de ofício e tem:
I - como valor mínimo
R$ 165,74 (cento e sessenta e cinco reais e setenta e quatro centavos) e como
valor máximo 20% (vinte por cento) do Imposto sobre a Renda devido;
II - por termo
inicial, o 1º (primeiro) dia subsequente ao término do período fixado para a
entrega da Declaração de Ajuste Anual e, por termo final, o mês da entrega ou,
no caso de não apresentação, do lançamento de ofício.
§ 2º No caso de
declarações com direito a restituição, a multa por atraso na entrega não paga
dentro do vencimento estabelecido na notificação de lançamento emitida pelo PGD
ou m-IRPF de que tratam, respectivamente, os incisos I e II do caput do art.
4º, com os respectivos acréscimos legais decorrentes do não pagamento, será
deduzida do valor do imposto a ser restituído.
§ 3º A multa mínima
aplica-se inclusive no caso de Declaração de Ajuste Anual da qual não resulte
imposto devido.
CAPÍTULO X
DA DECLARAÇÃO DE BENS E DIREITOS E DÍVIDAS E
ÔNUS REAIS
Art. 11. A pessoa
física sujeita à apresentação da Declaração de Ajuste Anual deve relacionar
nesta os bens e direitos que, no Brasil ou no exterior, constituam, em 31 de
dezembro de 2012 e de 2013, seu patrimônio e o de seus dependentes relacionados
na declaração, bem como os bens e direitos adquiridos e alienados no decorrer
do ano-calendário de 2013.
§ 1º Devem também ser
informados as dívidas e os ônus reais existentes em 31 de dezembro de 2012 e de
2013, do declarante e de seus dependentes relacionados na Declaração de Ajuste
Anual, bem como os constituídos e os extintos no decorrer do ano-calendário de
2013.
§ 2º Fica dispensada,
em relação a valores existentes em 31 de dezembro de 2013, a inclusão de:
I - saldos de contas
correntes bancárias e demais aplicações financeiras, cujo valor unitário não
exceda a R$ 140,00 (cento e quarenta reais);
II - bens móveis,
exceto veículos automotores, embarcações e aeronaves, bem como os direitos,
cujo valor unitário de aquisição seja inferior a R$ 5.000,00 (cinco mil reais);
III - conjunto de
ações e quotas de uma mesma empresa, negociadas ou não em bolsa de valores, bem
como ouro, ativo financeiro, cujo valor de constituição ou de aquisição seja
inferior a R$ 1.000,00 (um mil reais);
IV - dívidas e ônus
reais, cujo valor seja igual ou inferior a R$ 5.000,00 (cinco mil reais).
CAPÍTULO XI
DO PAGAMENTO DO IMPOSTO
Art. 12. O saldo do
imposto pode ser pago em até 8 (oito) quotas, mensais e sucessivas, observado o
seguinte:
I - nenhuma quota
deve ser inferior a R$ 50,00 (cinquenta reais);
II - o imposto de
valor inferior a R$ 100,00 (cem reais) deve ser pago em quota única;
III - a 1ª (primeira)
quota ou quota única deve ser paga até o último dia do prazo de que trata o
caput do art. 7º;
IV - as demais quotas
devem ser pagas até o último dia útil de cada mês, acrescidas de juros
equivalentes à taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia
(Selic), acumulada mensalmente, calculados a partir da data prevista para a
apresentação da Declaração de Ajuste Anual até o mês anterior ao do pagamento, e
de 1% (um por cento) no mês do pagamento.
§ 1º É facultado ao
contribuinte:
I -
antecipar, total ou parcialmente, o pagamento do imposto ou das quotas, não
sendo necessário, nesse caso, apresentar Declaração de Ajuste Anual
retificadora com a nova opção de pagamento;
II -
ampliar o número de quotas do imposto inicialmente previsto na Declaração de
Ajuste Anual, até a data de vencimento da última quota pretendida, observado o
disposto no caput, mediante a apresentação de declaração retificadora ou o
acesso ao sítio da RFB, na Internet, opção "Extrato da DIRPF", no
endereço referido no inciso I do caput do art. 4º.
§ 2º O
pagamento integral do imposto, ou de suas quotas, e de seus respectivos
acréscimos legais pode ser efetuado mediante:
I -
transferência eletrônica de fundos por meio de sistemas eletrônicos das
instituições financeiras autorizadas pela RFB a operar com essa modalidade de
arrecadação;
II -
Documento de Arrecadação de Receitas Federais (Darf), em qualquer agência
bancária integrante da rede arrecadadora de receitas federais, no caso de pagamento
efetuado no Brasil; ou
III -
débito automático em conta-corrente bancária.
§ 3º O
débito automático em conta-corrente bancária de que trata o inciso III do § 2º:
I - é
permitido somente para Declaração de Ajuste Anual original ou retificadora
apresentada:
a) até 31
de março de 2014, para a quota única ou a partir da 1ª (primeira) quota;
b) entre
1º de abril e o último dia do prazo de que trata o caput do art. 7º, a partir
da 2ª (segunda) quota;
II - é
autorizado mediante a indicação dessa opção no PGD ou no m-IRPF de que tratam,
respectivamente, os incisos I e II do caput do art. 4º, e formalizado no recibo
de entrega da Declaração de Ajuste Anual;
III - é
automaticamente cancelado na hipótese de:
a)
apresentação de Declaração de Ajuste Anual retificadora depois do prazo de que
trata o caput do art. 7º;
b) envio
de informações bancárias com dados inexatos;
c) o
número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) informado na Declaração de Ajuste Anual ser diferente
daquele vinculado à conta-corrente bancária; ou
d) os
dados bancários informados na Declaração de Ajuste Anual referirem-se à
conta-corrente do tipo não solidária;
IV - está
sujeito a estorno, a pedido da pessoa física titular da conta-corrente, caso
fique comprovada a existência de dolo, fraude ou simulação;
V - pode
ser incluído, cancelado ou modificado, depois da apresentação da Declaração de
Ajuste Anual, mediante o acesso ao sítio da RFB, na Internet, opção
"Extrato da DIRPF", no endereço referido no inciso I do caput do art.
4º:
a) até as
23h59min59s (vinte e três horas, cinquenta e nove minutos e cinquenta e nove
segundos), horário de Brasília, do dia 14 de cada mês, produzindo efeitos no
próprio mês;
b) depois
do prazo de que trata a alínea "a", produzindo efeitos no mês
seguinte.
§ 4º A Coordenação-Geral de Arrecadação e Cobrança (Codac) pode
editar normas complementares necessárias à regulamentação do pagamento por
intermédio de débito automático em conta corrente bancária de que trata o inciso
III do § 2º.
§ 5º No
caso de pessoa física que receba rendimentos do trabalho assalariado de
autarquias ou repartições do Governo brasileiro situadas no exterior, o
pagamento integral do imposto, ou de suas quotas, e de seus respectivos
acréscimos legais, pode ser efetuado, além das formas previstas no § 2º,
mediante remessa de ordem de pagamento com todos os dados exigidos no Darf, no
respectivo valor em reais ou em moeda estrangeira, a favor da RFB, por meio do Banco
do Brasil S.A., Gerência Regional de Apoio ao Comércio Exterior - Brasília-DF
(Gecex - Brasília-DF), prefixo 1608-X.
§ 6º O
imposto que resultar em valor inferior a R$ 10,00 (dez reais) deve ser
adicionado ao imposto correspondente a exercícios subsequentes, até que seu
total seja igual ou superior ao referido valor, quando, então, deve ser pago ou
recolhido no prazo estabelecido na legislação para este último exercício.
CAPÍTULO XII
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 13.
Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação no Diário
Oficial da União.
Art. 14. Ficam revogadas a Instrução Normativa RFB nº 1.333,
de 18 de fevereiro de 2013, e a Instrução Normativa RFB nº 1.339, de 28 de
março de 2013.
CARLOS ALBERTO FREITAS BARRETO
RETIFICAÇÃO - No § 2º do art. 10 da Instrução Normativa RFB nº 1.445, de 17 de fevereiro de 2014, publicada nas págs. 34 a 36 na Seção 1, da Edição do Diário Oficial da União (DOU) nº 37, de 21 de fevereiro de 2014:
Onde se lê:
"Art. 10. (...)
(...)
§ 2º (...) m-DIRF (...)
(...)"
Leia-se:
"Art. 10. (...)
(...)
§ 2º (...) m-IRPF (...)
(...)"
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