sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

14/02 Para gestores de RH, perda de tempo é vilã das organizações

O título da famosa obra de Marcel Proust, “Em Busca do Tempo Perdido”, dá a dimensão das conclusões a que chegou uma pesquisa realizada pela Madis, fabricante de controles de ponto e acesso, com cem gestores de RH, 60% deles de grandes e médias empresas.

Ter mais tempo livre foi o desejo expresso por 96% dos entrevistados. As horas ganhas seriam dedicadas à prática de atividades físicas (24%), à realização de cursos (22%), ao convívio com a família (19%), a projetos pessoais (15%), a viagens (14%), à leitura (3%) ou a algum hobby (3%).

A perda de tempo foi apontada como a grande vilã nas organizações. Tal desperdício, segundo os gestores, acontece por falta de planejamento (57%), pelo volume de informações (43%), pelo fato de as pessoas postergarem atividades (35%), necessidade de responder e-mails (24%), excesso de reuniões (22%), reuniões ineficazes (19%), desconhecimento de como delegar (16%), inabilidade para lidar com interrupções (14%), não saber dizer não (12%) e redes sociais (11%), dentre as respostas múltiplas.

Proust ao menos não perdia horas de trabalho com as redes sociais, que, nos dias de hoje, afetam a produtividade dos funcionários na opinião de 75% dos entrevistados. Entre eles, 56% liberam o uso das redes nas empresas, enquanto 63% estabelecem algum tipo de controle sobre essa utilização.

Para gerenciar o tempo de seus colaboradores, o principal recurso de que se valem os líderes de recursos humanos é o monitoramento dos resultados (51%). Entre os mecanismos, foram citados cartão de ponto (38%), ferramenta de gestão específica (8%) e “timesheet” (3%).

O home office, certamente usado pelo escritor francês para dar cabo de seus escritos, não é permitido por 78% dos respondentes da pesquisa. Dos que aderiram a ele, 81% avaliaram que o sistema não funciona para todos. Para Proust certamente funcionou.

Por Edson Valente

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