Por Marlon Custódio*
Vivemos na era da informação e do aperfeiçoamento tecnológico, que parece não ter mais limites. Resistir às novas ferramentas é uma tarefa impossível. Com tanta rapidez, propiciada por esse desenvolvimento, as empresas não conseguem sobreviver apenas adotando uma visão empreendedora, conhecimento técnico e a força de vontade dos seus comandantes e colaboradores. Hoje, a boa gestão do negócio é fundamental.
Acompanhar notícias e eventos do outro lado do mundo em tempo real, fechar negócios entre empresas por intermédio de web conferências ou transferir dados e documentos num piscar de olhos dão o tom ao mercado corporativo atual. Da mesma forma que as informações trafegam com velocidade extrema, as mudanças nas legislações, adequações tributárias e atualizações fiscais também avançam de maneira rápida e constante.
Uma das áreas de extrema importância para as organizações, e que vem sofrendo diversas reformulações pelo mundo, é a tributária. No Brasil, conceitos como Certificação Digital, SPED, NF-e e IFRS já são corriqueiros para as empresas que utilizam estas ferramentas diariamente. A gestão fiscal se fundiu de tal maneira à tecnologia que já estamos num caminho sem volta. Com a rápida evolução tecnológica dos agentes do Fisco nos últimos anos, as companhias e o mercado em geral estão se deparando com a necessidade de constantes atualizações.
Some-se a isso as diversas obrigações exigidas atualmente e as alterações legais nas esferas municipal, estadual e federal, e a conclusão é a seguinte: para não correr o risco de sofres com autuações e multas, as empresas devem estar preparadas. Não existe mais espaço para erros ou para o “deixar para depois”. As transações e consequentes informações enviadas ao Fisco acontecem praticamente em tempo real, e exigem consistência.
A mão de obra especializada vem se tornando cada vez mais escassa diante do grande número de processos de reciclagem e cursos de atualização necessários. Diante desse cenário, softwares de gestão tornam-se ferramentas essenciais para qualquer empresa ficar em dia com sua gestão tributária. Com a utilização dessas ferramentas, os analistas ganham tempo para se focar nas atividades estratégicas.
Hoje, as ferramentas mais modernas são capazes de realizar revisões fiscais sobre arquivos magnéticos de modo a avaliar sua consistência antes ou após a entrega ao Fisco, permitindo a adoção de medidas corretivas antes do início de um procedimento administrativo ou judicial, reduzindo, assim, possíveis encargos com multas e custos relacionados a processos administrativos ou judiciais.
Além das revisões, o Compliance Tributário indica os pontos de risco o que possibilita a definição de um plano de ação sobre os processos de sistemas oficiais da empresa para eliminar as inconsistências, também chamadas de gaps.
O mundo está mudando, e o Brasil está no inserido no meio destas mudanças. As questões tributárias são parte importante da transformação e, nas mais diversas áreas de negócios, as ferramentas tecnológicas surgem para possibilitar ganho de tempo, minimizar possibilidades de erros e propiciar que os colaboradores possam se dedicar às questões estratégicas, que serão os diferenciais de cada organização. Ao final das contas, a tecnologia é o básico e necessário, e o capital humano, conjugado a uma adequada gestão, é a força motriz das corporações.
* Marlon Custódio é Sócio da área de Tax Technology Group – TTG da KPMG no Brasil
Fonte: INCorporativa
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