Recentemente fomos surpreendidos com as manobras dos proprietários de postos de gasolina, que desviam combustível nas bombas. Com essa atitude danosa, os consumidores são lesados, em média, em um litro a cada 20 abastecidos em SP e, no Rio de Janeiro, esse desvio chegava a dois litros.
A técnica utilizada não é um bicho de sete cabeças, mas dificulta a comprovação da fraude. O próprio cliente tem que checar e utilizar postos de gasolina de sua confiança mas, além disso, precisa verificar sempre se o que está levando é o que está pagando.
Essa antiga cultura de querer \"levar vantagem\" em tudo pode levar o consumidor a situações de alta perda financeira. No caso do combustível, o desvio é sofisticado, de difícil identificação, mas possível de se controlar, diferente daqueles que usam métodos mais grosseiros como solventes, água etc. Não é somente nos postos de combustíveis que o consumidor é lesado. Se observarmos, em todos os tipos de compras e de serviços ocorrem problemas. Normalmente, esse erro é contra o consumidor.
Outra situação comum: será que todos os produtos que estão na prateleira de lojas ou supermercados possuem exatamente a quantidade anunciada? Produtos de limpeza, sucos, bebidas lácteas, em alguns casos, não estão dentro da medida estabelecida na embalagem. Isso vale também para os açougues, que acabam colocando outros tipos de carnes de pior qualidade das que foram adquiridospelo consumidor.
Na época do Plano Cruzado, a redução do peso era comum.
Você tem certeza que uma caixa de fósforo tem 40 palitos? Atualmente, usam a palavra \"aproximadamente\", por não terem certeza da contagem e, assim, reduzir as discussões judiciais. Será que alguém já mediu o papel higiênico? Antes, eram 40 metros e hoje está em 30. Houve a diminuição na quantidade, mas o preço continuou basicamente o mesmo.
Você tem certeza que uma caixa de fósforo tem 40 palitos? Atualmente, usam a palavra \"aproximadamente\", por não terem certeza da contagem e, assim, reduzir as discussões judiciais. Será que alguém já mediu o papel higiênico? Antes, eram 40 metros e hoje está em 30. Houve a diminuição na quantidade, mas o preço continuou basicamente o mesmo.
Todo cuidado é pouco.Tendo uma atitude firme e efetuando reclamaçõespara o comerciante ou para os mecanismos de defesa do consumidor - a economia pode ser significativa. No caso do combustível, a perda poderá atingir, em média, até 5% do valor adquirido.
Se quisermos cobrar direitos, temos de ser éticos e também cumprir as obrigações com terceiros. Somente assim teremos o respeito de todos e acabaremos com essa situação de todos procurarem \"levar vantagem\".
por Reginaldo Gonçalves é consultor empresarial
Fonte: Economia SC
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