17/01 Novo valor do salário mínimo catarinense é acertado

A primeira faixa do mínimo catarinense, que estava em R$ 630, foi a que teve o maior reajuste (11,1%) e foi para R$ 700. 

Representantes sindicais dos trabalhadores e do setor empresarial fecharam nesta segunda-feira (16), acordo para reajustar o mínimo regional de Santa Catarina. Os índices acordados variam entre 9,6% e 11,1%, elevando os pisos que valerão para este ano para valores entre R$ 700 e R$ 800.

A primeira faixa do mínimo catarinense, que estava em R$ 630, foi a que teve o maior reajuste (11,1%) e foi para R$ 700. A segunda faixa passou de R$ 660 para R$ 725, com elevação de 9,8%, a terceira de R$ 695 para 764 e a quarta de R$ 730 para R$ 800.

O documento assinado por federações empresariais e laborais, sindicatos e centrais será entregue agora ao governo do estado, para a elaboração do projeto de lei que precisa ser encaminhado pelo Executivo à Assembleia Legislativa.

Evolução

O presidente da Federação das Indústrias (FIESC), Glauco José Côrte alega que as duas partes avançaram no que foi possível e assim chegaram a um consenso. "A negociação mostrou que em Santa Catarina existe a disposição para o diálogo, inclusive nas questões relevantes, como a geração de emprego, qualidade de vida e condições de trabalho para os empregados."

Já o presidente da Federação do Comércio de Santa Catarina (Fecomércio), Bruno Breithaupt, acredita que o acordo foi um importante passo na evolução das relações sindicais entre trabalhadores e empregadores. "O acordo deixa claro que essa relação é duradoura e evolui."

De acordo com o diretor da Federação dos Trabalhadores no Comércio (Fecesc), Ivo Castanheira, a negociação fechada é inédita em parâmetros nacionais. "Aqui em Santa Catarina é feita somente entre trabalhadores e empresários, não pelo governo."

Negociação

Entre os participantes da negociação estiveram presentes pelo lado laboral lideranças como Altamiro Perdoná, da Nova Central Sindical, Osvaldo Mafra, da Força Sindical, Miguel Padilha, da Federação dos Trabalhadores na Indústria da Alimentação, José Álvaro Cardoso, do DIEESE, Moacir Rubini, da União Geral dos Trabalhadores, além de Renaldo Pereira, da CUT.

Entre os negociadores do lado dos empregadores estiveram o presidente da Câmara de Relações Trabalhistas da FIESC, Durval Marcatto Junior, o diretor jurídico da FIESC, Carlos José Kurtz, o diretor da Fecomércio, Marcos Arzua, e o diretor da Federação dos Transportes, Luiz Raimundi.

Fonte: Economia SC