quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

26/01 Real está entre as moedas mais caras dos países emergentes


são Paulo - O peso mexicano é a moeda mais barata entre os países emergentes atualmente, enquanto o real, apesar da desvalorização de 11% frente ao dólar em 2011, está entre as mais caras, juntamente com a lira turca e o peso argentino. O cálculo foi feito pelos estrategistas de câmbio do banco ING e tomou como base a paridade do poder de compra (PPP, na sigla em inglês) para uma cesta de 25 produtos e serviços que correspondem a um valor de 100 euros. 


O PPP é um índice que ficou mais conhecido desde 1986 quando a revista inglesa The Economist passou a fazer comparações entre as moedas mundiais tomando como base o preço em dólar americano de um sanduíche Big Mac. A diferença do estudo do banco ING é que a moeda de referência é o euro e, em vez de sanduíche, utiliza uma cesta de produtos e serviços. "Ao tomar o euro como a moeda-base da cesta de produtos, quase todas as moedas atreladas à órbita do dólar, como o real, podem parecer mais caras, uma vez que com a crise na Europa, o euro sofreu uma desvalorização ao longo do ano passado", disse Chris Turner, o estrategista-chefe de câmbio do banco ING em Londres e autor do estudo.


Com 100 euros, qualquer pessoa poderia comprar 1,3 cesta dos 25 produtos e serviços no México, enquanto os brasileiros e os turcos comprariam o equivalente a um pouco mais de 0,7 cesta. Além do peso mexicano, as moedas dos países do Leste Europeu foram as que ficaram mais baratas durante o ano de 2011. 


A depreciação cambial no México e nos países do Leste Europeu foi o principal motivo para deixar as cestas de produtos mais baratas. Por outro lado, as moedas da Índia, de Hong Kong e da Ucrânia foram as que ficaram mais caras no ano passado. "Uma elevada inflação explica por que as moedas da Índia, Hong Kong e Ucrânia ficaram mais caras", disse Turner.


Em relação ao real, Turner acredita que há um grande potencial para maior desvalorização frente ao dólar devido à perspectiva de cortes adicionais da taxa básica de juros. O dólar comercial fechou a última terça-feira, em alta de 0,57%, com preço de fechamento em R$ 1,77. 

Fonte: DCI

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