A proximidade da morte faz com que as pessoas repensem suas vidas, examinem e corrijam a direção que tomam. Isso é algo que ocorre somente se algo se aproxima de nós. Isto é o que tem acontecido com os tsunamis, os terremotos, as catástrofes naturais, os conflitos sociais e econômicos etc. O ano de 2011 foi o das surpresas. Analistas, encarregados da inteligência, políticos e pensadores não prognosticaram o que ocorreria no ano passado nos Estados Unidos (EUA) e no resto do mundo. A grande surpresa de 2011 foi a rebelião das massas, desde a Primavera Árabe, como, há décadas, a Primavera de Praga contra o comunismo, até o outono dos EUA, passando pelos movimentos dos indignados da Europa. Por causa deles, a revista Time nomeou como personalidade do ano de 2011 o manifestante anônimo. Ora, também na economia temos ciclos que devem ser respeitados. No caso brasileiro, o excepcional superávit comercial de 2011 não deverá se repetir em 2012. Este superávit comercial do País, de US$ 29,7 bilhões, surpreendeu porque o valor das importações foi muito baixo. As exportações somaram no ano US$ 256,04 bilhões, enquanto as importações atingiram US$ 226,25 bilhões. O aumento de 47,8% no saldo comercial é excelente.
Em 2012 as exportações cairão para US$ 236,580 bilhões, em função do fraco cenário internacional. As importações alcançarão US$ 233,540 bilhões. Então, o superávit no ano será de apenas US$ 3,040 bilhões. As exportações, de uma forma geral, em dezembro, mostraram queda de preço em quase todos os produtos, principalmente no minério de ferro e no complexo soja.
Então, não haverá o fim do mundo em 2012, lenda urbana que circula pela internet. Teremos mudanças, isso sim. Um despertar da consciência no Estado, no Brasil e no mundo. Tudo o que está errado com o planeta está se potencializando com o objetivo de que a mente humana se dedique a resolvê-lo. É um processo de mudança que se baseia principalmente no desdobramento invisível e está afetando em especial a mulher. Não por acaso, o Brasil e outros países estão sendo governados por mulheres. Caberá à mulher criar a nova era, devido à sua maior sensibilidade. Precisamos de harmonia e espiritualidade. E isso ajudará, incrivelmente, nas vendas externas brasileiras.
Assim sendo, as importações manterão o mesmo ritmo de 2011 porque o próprio governo admite que o crédito no mercado interno cresce 15%, o consumo vai ser estimulado e os juros devem diminuir. E é um ano eleitoral em que o governo tem interesse em manter a economia aquecida. No entanto, ainda não será desta vez que o Brasil vai priorizar a exportação de produtos de maior valor agregado. Enquanto nós não tivermos uma reforma tributária, uma redução dos impostos e dos juros, e melhoria da infraestrutura, continuaremos um País exportador de commodities, basicamente de produtos agrícolas e minerais comercializados no exterior. Não que não queiramos exportar manufaturados, mas é que os entraves internos inviabilizam a venda de manufaturados hoje. O mundo está globalizado e competitivo e o Brasil ainda apresenta entraves internos que precisam ser eliminados.
Fonte: Jornal do Comércio
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