sábado, 26 de maio de 2012

26/05 Dólar deve permanecer em queda na próxima semana


Especialistas apostam na queda do dólar na próxima semana, porém volatilidade deve permanecerVolatilidade da moeda americana dificulta projeções, mas atuação do Banco Central deverá inibir novas altas.
A forte volatilidade do dólar comercial nos últimos dias dificulta a previsão de como será o movimento do câmbio na próxima semana. No entanto, há uma certeza: se o Banco Central (BC) continuar atuando, a trajetória deverá ser de queda.
O dólar comercial encerrou a semana com queda acumulada de 1,19%, apoiado em cinco leilões de swap cambial do Banco Central em quatro sessões, totalizando mais de US$ 4,7 bilhões em contratos.
"Nós chegamos num ponto que está claro que essa queda teve a ver com as intervenções recorrentes do BC", explicou o economista da BGC Liquidez, Alfredo Barbutti. "A alta até agora foi um movimento mais especulativo do que fundamentado", acrescentou.
Com as atuações, a autoridade monetária deixou claro que irá intervir para inibir especulações e manter a taxa em um patamar que ela considera confortável.
A moeda americana terminou a sexta-feira (25/5) cotada a R$ 1,993 na compra e R$ 1,995 na venda, com queda de 1,67%. E a expectativa é de que ela continue em torno deste patamar, se não mais baixa.
Para Darwin Dib, economista sênior da CM Capital Markets, é "óbvio" que a taxa vai cair, se não houver um grande choque no mercado internacional e o consequente aumento da cautela.
"Nos leilões do BC, não teve colocação de mais de 50% dos contratos ofertados. Isso significa que o próprio operador que está defendendo o câmbio a R$ 2 não acredita que vai permanecer nesse nível. Porque se ele acreditasse, iria ter mais demanda", avaliou Dib.
Em relação à atuação do Banco Central, há controvérsias sobre quais serão os movimentos na próxima semana.
Segundo Barbutti, se o mercado tentar puxar o dólar novamente acima de R$ 2, o BC continuará intervindo. Porém, é provável que ele dê uma trégua e veja como o mercado irá reagir.
"Na segunda será feriado nos Estados Unidos e ele não deve atuar. Ele pode aproveitar e não atuar também na terça e na quarta, para ver para onde o câmbio vai", diz.
Pânico
Essas projeções, no entanto, consideram que não haja um choque no mercado internacional, o que aconteceria caso houvesse a retirada da Grécia da Zona do Euro de uma forma desordenada, por exemplo.
Nesse caso, o câmbio teria força para subir muito acima de R$ 2, inclusive até R$ 2,40 no médio prazo, conforme apontado por Silvio Campos Neto, da Tendências Consultoria.
por Giulia Camillo

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