sábado, 17 de setembro de 2016

7 Maneiras de Economizar com o Controle do Ativo Imobilizado

Desde o início do processo de convergência contábil às normas internacionais de contabilidade, o controle do Ativo Imobilizado ganhou um novo destaque com as introduções da depreciação pela vida útil econômica, do teste de recuperabilidade (Impairment), do Ajuste de Avaliação Patrimonial entre outras mudanças.

Por outro, no decorrer desse tempo, o Brasil interrompeu um ciclo de crescimento e mergulhou numa das maiores crises econômicas da nossa história o que resultou para a grande maioria das empresas uma forte desaceleração, com redução de custos e cortes de investimentos. Em tempos de crise, mais do que nunca, toda economia é importante, por isso elencamos abaixo algumas maneiras de economizar dinheiro (e outros recursos) com um bom controle do ativo imobilizado.

7 Maneiras de Economizar com o Controle do Ativo Imobilizado

1. Benefícios Fiscais da Depreciação

As empresas optantes pelo regime de tributação do lucro real devem possuir um bom controle do ativo imobilizado, para se beneficiarem na apuração do Imposto de Renda e Contribuição social pagando um valor menor de impostos.

Lembrando que qualquer empresa que deseje permanecer no mercado por um longo período deve ter uma política de imobilização e renovação de seus ativos para continuarem sendo competitivas no seu mercado de atuação.

2. Recuperação de Impostos (PIS / COFINS e ICMS)

Semelhantemente a depreciação, muitos ativos imobilizados utilizados na produção podem dar direito a créditos tributários de PIS/COFINS e ICMS, em indústrias de grande porte, uma correta apuração desses créditos podem significar uma economia expressiva em tributos.

3. Diminuição das Perdas por Extravio

Muitas empresas infelizmente sofrem com esse tipo de problema, ter um bom controle do imobilizado em conjunto com uma boa política de controle e nos casos mais extremos com outros mecanismos de segurança tais como RFID com portais, reduzem drasticamente essas perdas, e consequentemente, gera economia de gastos para a empresa.

4. Economia de Investimentos

Esse é um benefício indireto alcançado por um controle adequado dos ativos fixos, os gestores podem planejar melhor a aquisição e renovação do imobilizado beneficiando assim o planejamento estratégico da empresa.

Ainda, a contratação de seguros pode ser baseada em um valor mais próximo do real, isto é, a empresa não pagará a mais se for superdimensionado e em correrá o risco de um prejuízo se subdimensionado.

Por fim, revisões periódicas e serviços de inventário tem um custo menor para quem já possui um bom controle patrimonial.

5. Economia de Tempo

Se tempo também é dinheiro, quanto custa para se levantar a informação de um bem desde para uma simples manutenção (localização da NF para acionamento da garantia por exemplo), ou para casos mais graves de sinistros com imobilizados, ou mesmo para as auditorias internas e contábeis obrigatórias.

É muito difícil dimensionar esse custo precisamente, mas principalmente grandes empresas sofrem grandes perdas para recuperação de informações.

6. Imóveis para Investimento / Planejamento Tributário

O controle do ativo imobilizado pode ser um item importante no planejamento tributário de grupos econômicos, sendo os imóveis geralmente o principal componente a ser analisado, o objetivo aqui não é entrar nas estratégias possíveis para um bom planejamento tributário, mas muitas vezes apenas citando como exemplo, é interessante os imóveis serem ativos da controladora e as controladas pagarem um aluguel.

Na mesma linha, a CPC-28 que dita sobre os imóveis mantidos para investimentos, dispõe de particularidades específicas, como a possibilidade de se avaliar pelo valor justo e contabilizar anualmente as variações patrimoniais nesses imóveis.

7. Política bem definida de Baixa do Imobilizado

Por fim, é de suma importância que a empresa tenha uma politica de baixa do bem, quando o mesmo ser tornar obsoleto, inativo e não ter mais serventia na operação da empresa. Em muitos casos, as organizações destinam estes bens para armazéns onde este serviço tem um custo alto e via de regra não serão reutilizados em outras unidades.

Portanto, a empresa economiza quando possui um plano para descontinuidade ou reestruturação para os ativos inutilizados, inativos, descontinuado.

Conforme disposição contida na Resolução CFC nº 1.025/2005, que aprova a NBC T 19.1 – Imobilizado, o valor contábil de um item do ativo imobilizado, quando for retirado da operação, deve ser transferido para Investimentos, Realizável a Longo Prazo ou Ativo Circulante, conforme a destinação (item 19.1.9.6).

Uma sugestão, é que se tenha uma conta específica, dentro de um dos grupos mencionados, conforme a intenção da empresa para com esse bem, para “bens em desuso”. Observe ainda, que devem ser mantidas as contas separadamente, quais sejam, a do bem em si (com seu custo de aquisição), e a da depreciação acumulada.

Conclusão: Porque Investir no Controle de Ativo Imobilizado?

Como vimos acima, um bom controle do ativo imobilizado pode contribuir de várias formas para que a empresa economize recursos, o benefício fiscal da depreciação e da recuperação de créditos tributários são os mais tangíveis e por si só muitas vezes já justificam o investimento, porém existem outras razões não tão visíveis, mas que com certeza são importantes e podem contribuir para que as empresas maximizem seus resultados.

Nenhum comentário:

Postar um comentário