sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

19/02 A reflexão necessária sobre a normalização do relatório da gestão

Considerando a atual tendência de harmonização da contabilidade e do relato financeiro à escala internacional, é desejável conceber um regulamento claro e detalhado sobre a forma e conteúdo do relatório da gestão. Esta reflexão evidencia a importância do mesmo na tomada de decisão.

Atualmente, vive-se uma época caracterizada pela supressão das fronteiras, sobretudo em termos económicos e monetários. A economia global e a inerente internacionalização dos negócios e das empresas aproximaram os agentes económicos e proporcionaram o desenvolvimento de uma linguagem económica e financeira comum e inteligível em termos internacionais. A qualidade da informação publicada é relevante para as decisões dos investidores, suportada em fatores como:

- Necessidade de obtenção de financiamento com recurso ao mercado de capitais;

- Maior exigência de liquidez dos títulos, o que contribuiu para um maior volume da informação. Porém, os escândalos financeiros ocorridos colocam em causa a forma e o conteúdo da informação, nomeadamente ao nível do:

- Relatório da gestão;

- Da objetividade dos aspetos conceptuais e das políticas contabilísticas que estão na base da elaboração e preparação da informação;

- Da ética e dos valores profissionais e pessoais de quem prepara e apresenta a informação;

- Das questões relacionadas com a governação empresarial. Observe-

-se casos recentes como Pescanova (2013), Gowex (2014), ESFG - Espírito Santo Financial Group (2014), BPN - Banco Português de Negócios (2008), BPP - Banco Privado Português (2008), BES - Banco Espírito Santo (2014) e GES - Grupo Espírito Santo (2014).

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Por Helena Maria Santos de Oliveira - Doutora em Economia Financeira e Contabilidade (U. Vigo) Professora adjunta no ISCAP/IPP Membro do CECEJ – Centro de Estudos em Ciências Empresariais e Jurídicas

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