São Paulo - Mais do que um cuidado com o meio ambiente, a sustentabilidade já faz parte da gestão estratégica das companhias. Empresas como Fibria, Unilever, Embraer, Ambev e Pão de Açúcar já conseguiram viabilizar economicamente seus projetos de sustentabilidade e colocam metas ambiciosas para os próximos anos. - Maior grupo exportador de celulose de eucalipto do Brasil, a Fibria criou até um indicador que mede os resultados das ações sustentáveis, o Índice de Desempenho Ambiental (IDA), que faz parte da composição da remuneração variável dos funcionários, segundo o gerente geral de Meio Ambiente Industrial da Fibria, Umberto Caldeira Cinque. "Por isso, monitoramos toda produção, porque uma multa pode reduzir os rendimentos", explica o executivo.
Há 20 anos, a Ambev criou um programa ambiental e há dois estabeleceu metas ambiciosas, planejando usar só 3,5 litros de água por litro de bebida produzida e reduzir em 10% a emissão de carbono até o fim de 2012. "Já reaproveitamos 99% dos resíduos e economizamos 65 milhões de litros de água em 2011", diz a analista de meio ambiente Renata Toledo. Na Unilever, o projeto "Visão", de 2009, estabeleceu que a empresa deveria dobrar de tamanho com metade do impacto ao meio ambiente até 2020. "Para isso, melhoramos governança, bonificação e relações sustentáveis de gestão, o que inclui desde a matéria prima até o produto final", explica a gerente de sustentabilidade, Lígia Camargo. Segundo ela, o tema é tão importante que já se tornou transversal, atingindo toda a companhia. O mesmo acontece na Embraer, segundo diretor de Estratégia de Meio Ambiente, Guilherme Freire. "O tema é visto como prioridade, avaliando o impacto que causamos", afirma. A Embraer recicla todo seu lixo, de 12 mil toneladas.
Essas empresas estavam entre as premiadas ontem, em São Paulo, com o Top Ambiental, promovido há 18 anos pela Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil (ADVB). Quando criamos o prêmio essas questões estavam começando e vemos a evolução, entrando no planejamento", diz o presidente da entidade, Miguel Ignatios.
O Pão de Açúcar foi um dos destaques nessa evolução. Com suas lojas "verdes", a empresa avançou, estabelecendo a viabilidade do projeto, que custa 10% a mais que uma loja comum e com bom retorno. "Essas 6 lojas, construídas desde 2008, materializaram as ações do grupo', explica o diretor de relações corporativas, Paulo Pompílio. E mais 30 lojas devem ser reformadas dentro desse conceito.
por Anna França
Fonte: DCI
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