domingo, 18 de dezembro de 2011

18/12 4 grandes economistas fazem suas projeções para 2012

 
Economistas fizeram projeções para EXAME.com; no sentido horário, a partir do canto superior esquerdo: Octávio de Barros, Ilan Goldfajn, Maílson da Nóbrega e J.R. Mendonça de Barros


São Paulo – Os maias, alguns místicos e até Hollywood, todos já anunciaram que 2012 deve ser um ano apocalíptico. Por mais cético que se possa ser, olhar para a situação econômica da Europa, por exemplo, chega mesmo a levantar leves suspeitas. Mas quando se fala em Brasil, grandes economistas apostam que o próximo ano não chega a ter ares de “fim de mundo”.



Um time de especialistas formado por Maílson da Nóbrega, ex-ministro da Fazenda e sócio da consultoria Tendências; José Roberto Mendonça de Barros, ex-secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda e sócio da MB Associados; Octávio de Barros, economista-chefe do Bradesco; e Ilan Goldfajn, economista-chefe do Itaú-Unibanco, enviaram a EXAME.com suas projeções para os principais indicadores econômicos em 2012.
Em 2011 a economia brasileira caminhou por um caminho mais complicado do que no ano anterior e deve crescer menos que 3% - bem abaixo dos 7,5% em 2010. Esta queda em grande parte foi causada pelos impactos da piora nas condições da economia mundial.
Além disso, o ciclo de aperto monetário iniciado pelo governo no começo do ano ajudou a desacelerar a economia. Entretanto, a previsão é que o crescimento do país seja maior em 2012, ganhando ainda mais força em 2013.
PIB
O crescimento da economia em 2012 deve ficar acima dos 3%. A maior projeção é de Octávio de Barros, do banco Bradesco, 3,7%. Já Maílson da Nóbrega estima o menor crescimento, de 3,2%
EconomistaPIB
Octávio de Barros3,7%
J.R. Mendonça de Barros3,5%
Ilan Goldfajn3,5%
Maílson da Nóbrega3,2%


Todos os economistas ouvidos por EXAME.com fizeram projeções para inflação acima do centro da meta, que é de 4,5%. Entretanto, nenhum deles acredita que o IPCA, índice oficial de inflação calculado pelo governo, vá passar do teto da meta, que é de 6,5%.
EconomistaIPCA
Octávio de Barros5,3%
J.R. Mendonça de Barros5,5%
Ilan Goldfajn5,20%
Maílson da Nóbrega5,40%
Taxa Selic
Em 2011 o comportamento da Selic teve duas fases distintas. Até agosto, o governo mantinha um ciclo de alta que fez a taxa básica pular de 10,75% ao ano em janeiro para 12,50% em julho.
Em agosto, porém, sob o argumento de piora na economia global, o Banco Central não só interrompeu o ciclo de alta, como também começou a cortar os juros. A taxa fechou o ano em 11%. No fim de 2012, o esperado é que a Selic esteja por volta dos 9% ao ano.
EconomistaSelic
Octávio de Barros9,5%
J.R. Mendonça de Barros9%
Ilan Goldfajn9%
Maílson da Nóbrega9,5%

O último boletim Focus publicado pelo Banco Central, na segunda-feira, trazia a projeção dos analistas para o câmbio entre real e dólar no fim de 2011 em R$ 1,80. Já para 2012, a menor projeção, de Maílson da Nóbrega, é de R$ 1,65. A maior é de R$ 1,80, feita por J.R. Mendonça de Barros.
EconomistaCâmbio
Octávio de BarrosR$1,7
J.R. Mendonça de BarrosR$1,8
Ilan GoldfajnR$1,75
Maílson da NóbregaR$1,65

Fonte: Exame.com
Balança comercial
Ilan Goldfajn, do Itau-Unibanco, projeta um saldo positivo de 15 bilhões de dólares para a balança comercial brasileira em 2012. A projeção de Maílson da Nóbrega é bem superior: 28 bilhões. 
EconomistaBalança Comercial
Octávio de BarrosUS$ 23 bilhões
J.R. Mendonça de Barros--
Ilan GoldfajnUS$ 15 bilhões
Maílson da NóbregaUS$ 28 bilhões

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