quarta-feira, 18 de junho de 2014

18/06 Novas regras contábeis trazem mais informações para investidores, destaca EY

Mudanças nos padrões de contabilidade internacional devem afetar especialmente empresas que vendem pacotes de serviços

Após mais de dez anos de discussão, órgãos reguladores dos Estados Unidos e da Europa – International Accounting Standards Board (IASB) e US Financial Accounting Standards Board (FASB) – aprovaram na última semana mudanças para as regras internacionais de contabilidade que devem trazer consenso para a forma de reconhecimento de receitas. Segundo a EY (antiga Ernst & Young), as mudanças devem afetar todas as empresas e aumentar a quantidade de informações divulgadas pelas companhias.

“As alterações vão elevar a qualidade das informações contábeis e melhorar os dados disponíveis para os investidores”, avalia Paul Sutcliffe, sócio-líder de IFRS da EY.

As novas normas devem começar a valer em 2017, para balanços referentes ao exercício anterior de empresas que adotam o padrão internacional (IFRS) ou o americano (U.S. Gaap – Generally Accepted Accounting Principles). As companhias que precisam computar dois anos de informação comparativa já devem se adequar a partir de 2015.

As mudanças afetam, por exemplo, o momento em que as companhias reconhecem a receita vinda de contratos com consumidores. Assim, as alterações devem afetar especialmente aquelas empresas que vendem pacotes de serviços, como as do setor imobiliário e de construção. “Os novos padrões vão exigir que as empresas mudem a forma que divulgam os contratos com os consumidores, especialmente as que oferecem múltiplos serviços em um único contrato”, afirma Sutcliffe.

Segundo ele, a alteração trouxe também esclarecimento no caso de produtos com pagamentos variáveis — como empresas de transporte, que têm ganhos ligados ao valor do combustível. “A regra anterior não esclarecia se as receitas variáveis poderiam ser contabilizadas ao longo do contrato. Agora a empresa pode estimar no balanço as chances de receber a diferença e reconhecê-la ou não previamente”, destaca.

Dentre outros pontos afetados estão reconhecimento de receita em contratos nos quais o serviço é prestado ao longo do tempo e o reconhecimento das despesas.

O novo padrão deve mudar especialmente o momento quando a receita é reconhecida também para a indústria de telecomunicação, mas todas as empresas devem ser afetadas porque o padrão exige que as companhias divulguem publicamente mais informações de receita em suas demonstrações financeiras para que investidores tenham dados mais completos.

As discussões para se chegar a uma acordo sobre o padrão americano e o IFRS começaram em 2002, na tentativa de ter apenas uma forma de calcular e reportar as receitas. Os órgãos reguladores devem criar um grupo para auxiliar na transição da implementação das novas normas.

Mais informações em: www.ey.com.br

Fonte: Assessoria de Imprensa EY
Via CFC

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