segunda-feira, 25 de maio de 2015

25/05 Utilização do balanced scorecard em tempos de economia recessiva

Em tempos de recessão, as organizações são confrontadas com mudanças frequentes no seu ambiente negocial, que requerem mudança de estratégia e capacidade de rápida implementação. O balanced scorecard pode ajudar neste processo.

Cortar nos custos de forma generalizada não parece ser a fórmula correta para as organizações sobreviverem em épocas de recessão. Realizar esses cortes em todas as áreas organizacionais, ignorando as prioridades estratégicas, os objetivos e as respetivas relações de causalidade, pode ser o primeiro passo para comprometer a estratégia de longo prazo, criar desalinhamento com a missão e, em última análise, contribuir seriamente para o insucesso da organização no seu todo.

É um facto que melhorar a eficiência e a produtividade constituem prioridades de qualquer organização no momento de crise atual. Essas melhorias passam, em grande parte dos casos, por cortes e racionalização nos custos, visando atingir resultados imediatos ou num prazo bastante curto. Generalizou-se, assim, a afirmação: «Temos que cortar nos custos para conseguirmos sobreviver!» Todavia, esta sobrevivência terá maior probabilidade de acontecer se a organização conseguir, em primeiro lugar, perceber que o ambiente mudou e, como tal, a sua estratégia terá que mudar também. Em segundo lugar, deverá articular um plano de mudança de curto prazo alinhado com essa estratégia e ser capaz de o implementar com rapidez.

Qualquer organização enfrenta assim hoje um enorme desafio: ser capaz de balancear o seu percurso e destino de longo prazo com a focalização constante em questões de curto prazo (plano de sobrevivência) tais como redução de custos, melhorias de produtividade e minimização do risco. Torna-se ainda absolutamente crucial executar essas mudanças com grande rapidez e com uma margem de erro mínima. Sabemos que implementar novas estratégias e realinhar as operações pode ser um processo demorado. No momento atual as mudanças têm que ser implementadas em prazos muito curtos. Aquilo que tipicamente poderia demorar meses, tem agora que ser executado em apenas algumas semanas. Esta necessidade de rapidez, agilidade e flexibilidade nas mudanças cria um ambiente adequado para as organizações procurarem e avaliarem quais as melhores soluções, sistemas e metodologias de gestão que as poderão ajudar em épocas de recessão. O balanced scorecard parece-nos possuir as condições necessárias para integrar esse conjunto de soluções e ferramentas de gestão.

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Por Francisco José Simões Pinto Doutorado em Gestão Docente convidado - Universidade do Algarve

Fonte: Revista OTOC, junho de 2013

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