O Grupo de Atuação Especial no Combate às Organizações Criminosas (GAECO) do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) vai ouvir hoje mais seis pessoas envolvidas na sonegação de mais de R$ 6 milhões em impostos estaduais no Oeste catarinense. Outras 10 pessoas devem ser inquiridas ao longo da semana. Já foram ouvidas até o momento 20 pessoas.
A "Operação Viagem 81", deflagrada no dia 5 de junho e conduzida por uma força-tarefa composta por Promotores de Justiça, policiais civis e militares, técnicos do Ministério Público Estadual, auditores fiscais da Receita Estadual e peritos de Instituto Geral de Perícias, desarticulou esquema de comércio de bebidas sem emissão de notas fiscais e sem o recolhimento dos impostos devidos.
Durante a ação foram cumpridos 10 mandados de busca e apreensão em três empresas e cinco residências nos municípios de Chapecó, Pinhalzinho e Videira, pedidos pela Promotoria Regional de Combate aos Crimes Contra a Ordem Tributária de Chapecó em conjunto com a Promotoria de Justiça da Comarca de Pinhalzinho. Dois dos 10 mandados foram expedidos durante a operação pelo juiz da Comarca, que permaneceu em plantão para auxiliar a força-tarefa.
Documentos deletados e recuperados por laboratório
Também foram presas três pessoas em flagrante por posse e guarda ilegal de arma de fogo e munição. Todas foram soltas após pagamento de fiança - uma delas pagou R$ 20 mil. Os três irão responder em liberdade. Documentos e computadores foram apreendidos durante a ação. Em uma das empresas todos os dados foram deletados do sistema antes da força-tarefa chegar.
Mas durante à tarde as informações foram recuperadas graças ao equipamento do laboratório de perícia e combate a cartéis e delitos econômicos adquirido pelo Ministéiro Público de Santa Catarina em parceria com a Secretaria de Direito Econômico, do Ministério da Justiça. O laboratório fica na Coordenadoria de Assessoramento Técnico do Centro de Apoio Operacional de Informações e Pesquisas (CIP), do MPSC. Os documentos apreendidos começam a ser analisados a partir de hoje.
"A sonegação de impostos representa uma grandeprejuizo para a sociedade. Além de reduzir a aplicação de recursos financeiros em áreas importantes, como a saúde, educação e segurança, a sonegação é uma forma de concorrência predatória, que prejudica os empresários que trabalham dentro da lei", alerta o responsável pela Promotoria Regional de Combate aos Crimes Contra a Ordem Tributária de Chapecó, Promotor de Justiça Fabiano David Baldissarelli.
Briga de galo
Durante a operação, a força-tarefa flagrou na propriedade de um dos envolvidos na sonegação de impostos cerca de 30 animais de rinha de galo. A equipe acionou a Polícia Ambiental para tratar do assunto, já que a briga de galo é proíbe em razão dos maus tratos ao animal
MPSC
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