segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

12/01 O lucro segundo a contabilidade

Um dos conceitos mais importantes da ciência contábil é também um que já gerou muitas discussões e teorias entre especialistas ao longo dos anos. O lucro é uma referência essencial para a trajetória de uma empresa e um fator que pode determinar quais os rumos a seguir. Portanto, entender de forma completa os conceitos relacionados a ele pode oferecer uma vantagem de know-how ao profissional contábil, já que esse será capaz de traçar planejamentos econômicos mais estratégicos.

Considera-se como lucro a quantia recebida pela produção, levando em conta as condições desse empreendimento e o seu patrimônio. Trata-se da recompensa dada ao empresário ou dono do negócio pelo investimento no modelo econômico capitalista.

A primeira definição de lucro foi determinada por Adam Smith, em “A Riqueza das Nações” (originalmente chamado de “Uma Investigação sobre a Natureza e as Causas da Riqueza das Nações”), publicado pela primeira vez em 1776. Nesse estudo, lucro foi definido como a quantia a ser consumida sem prejudicar o capital, considerando o capital fixo e o circulante.

Confira a seguir as maneiras corretas de definir e classificar o lucro de um negócio segundo a contabilidade:

Tipos variados de lucro

Quando se fala em lucro, é importante saber distinguir os conceitos de lucro contábil e econômico. A partir da definição inicial de Smith em “A Riqueza das Nações”, foram sendo desenvolvidas novas vertentes que procuraram especificar de forma mais precisa o que, de fato, seria considerado lucro levando em consideração os objetivos e rumos das empresas.

  1. R. Hicks, em “Value and Capital”, faz questão de especificar que lucro é a quantia que uma pessoa pode consumir durante um período de tempo para estar tão bem no final dele como quando estava no início. Era a primeira vez que se definia lucro levando em conta os gastos de uma pessoa. A adaptação para o mundo dos negócios foi feita por Richard Solomons, responsável pela solidificação do conceito de patrimônio.

Como resultado dessas tendências de pensamento econômico, foram criados os conceitos de lucro econômico, patrimônio líquido e lucro contábil. O lucro econômico consiste no que foi acrescentado ao patrimônio líquido no período. Define-se como patrimônio líquido a capitalização dos recebimentos líquidos futuros. Já o lucro contábil é definido a partir dos ativos avaliados por seus custos não expirados.

Convenções modernas

A partir dos conceitos iniciais de lucros econômico e contábil, correntes de pensamento modernas foram desenvolvidas para melhor definir o conceito ideal de lucro. Em 2003, G. Bennett Stewart lançou em “How to Fix Accounting – Measure and Report Economic Profit” a definição de que o lucro econômico corrige as distorções do lucro contábil, já que leva em consideração o custo de oportunidade. A nova definição corrige os problemas do conceito de números contábeis não refletirem a realidade econômica de uma empresa.

Parte do conceito de oportunidade de Stewart já havia sido discutido por Fábio Frezatti em “A Implantação do ROI (Return of Investment)”, em 1999. Trata-se de um indicador que considera que há situações em que é preciso ver o lucro como um investimento e operar tendo em vista um longo prazo para obter retorno.

Fonte: Sage

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