segunda-feira, 23 de setembro de 2013

23/09 A nova perspectiva do profissional contábil

Nos últimos anos, no Brasil, a contabilidade passou por diversas modificações tendo, como pano de fundo, a adaptação das normas nacionais às internacionais. Tais mudanças refletiram o reposicionamento do país em nível global, reflexo da estabilização econômica pela qual passamos em meados dos anos noventas. Isso significa que a contabilidade alcançou outro patamar, que a igualou ao que é feito nos países mais avançados há muito tempo. Quando se diz contabilidade, entenda-se pública e privada.

Paralelamente a estas mudanças, quase que concomitantemente, o computador tornou-se muito mais acessível, a queda do monopólio da telefonia nacional também permitiu um salto qualitativo em termos de tecnologia da informação. A dinâmica das comunicações, então, alcançaram ganhos de produtividade inimagináveis. Hoje, em dia, as máquinas e softwares fazem quase tudo para o usuário, restando a este estipular os dados que quer ver realizados pelos computadores.

Com a popularização da internet, cada vez mais, temos um fluxo incomensurável de informações sendo geradas a cada instante. O grande desafio, nos dias atuais, é selecionar o que é útil e o que não é. É a árdua missão de separar o joio do trigo em termos de relevância. É a transição do quantitativo para o qualitativo.

E o mais importante de tudo: sempre tendo como parâmetro a visão do gestor, que precisa de informações para a tomada de decisões e, não raras vezes, para uso institucional quando questionados por adversários políticos, a imprensa, movimentos sociais dentre outros atores, sob uma nova perspectiva, onde o gestor presta contas de suas ações diuturnamente.

Portanto, o novo profissional contábil tem que começar a usar novas ferramentas de comunicação: se por um lado ele tem que operar as ferramentas tecnológicas, por outro tem que ter a empatia necessária para selecionar as informações que agreguem valor ao seu trabalho visando, especialmente, ao reconhecimento por parte dos gestores da importância de se ter este novo profissional contábil por perto.

Ou seja, de profissionais contábeis a cientistas contábeis e o principal desafio é integrar ferramentas de compilações de dados em informações úteis, por isso é importante que se comece a pensar como gestor. A essa maneira de pensar se dá o nome de empatia. A partir deste momento, quando se pensar como administrador da coisa pública é que o profissional conseguirá vislumbrar as informações que farão a diferença na gestão pública. Através desse vislumbre ele conseguirá se posicionar como peça fundamental dentro da nova concepção da contabilidade aplicada ao setor público. Tempos alvissareiros se anunciam aos profissionais contábeis que se predispuserem a pensar a contabilidade integrada à gestão e às necessidades do gestor público.

por Sandro Robson Pontes, Contador da Fazenda Estadual

Fonte: SEF/SC

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