quarta-feira, 17 de julho de 2019

Um conceito de filosofia contábil

Um dos conceitos que poderíamos utilizar para a filosofia da contabilidade é o estudo das primeiras causas, das origens primárias de seu conhecimento, não somente no ponto de vista histórico mas gnosiológico, lógico, ou conceitual. 

Há uma história da filosofia contábil, todavia, o seu conceito natural diz respeito às causas do conhecimento, pode se embrenhar na história também mas não é seu escopo direto, e sim o seu critério mais cognitivo.

Aqui temos o campo gnosiológico. 

A gnosiologia é o carácter mais estruturado do conhecimento, aquilo que trata do conhecimento produzido.

Literalmente poderia ser traduzida como conhecimento do conhecimento. 

Quem faz o conhecimento? O homem. Se o faz a origem mais profunda vem de um ser eterno e infinito, porque o conhecimento não nasce por si próprio. 

Logo, a gnosiologia trata da principal estrutura do conhecimento, e dos principais tipos de teoria, esta provinda de diversas inteligências. 

Para ter gnose é fundamental o critério. A criteriologia pode ser admitida apenas como as formas teóricas. Logo dentro da ciência temos a teoria do imobilizado, provinda de Ceccherelli, todavia, quando observo o seu critério vou denominá-lo de cecchereliano ou mesmo de redução, ou de gestão ou seja lá o que mais transparecer o seu pensamento. 

Por sua vez a lógica testa a gnose e permite a sua evolução.

Ela verifica pela experiência e pela análise se as afirmações são reais ou verdadeiras. 

A gnose sem lógica é conhecimento falso. 

Tudo isso perfaz a forma de explicação por meio de conceitos e afirmações, de teses e sentenças. 

O estudo das primeiras causas então tem haver com estas fontes, não apenas da história do pensamento, mas acima de tudo, a forma a qual surge o pensamento( gnosiologia), a qual se entender como verídico( lógica), se programa( conceitos), e se estrutura ou divide( critérios). 

As primeiras causas da contabilidade tem haver com o seu conhecimento, a filosofia vai estudar então o que é o conhecimento da contabilidade dentro da própria contabilidade. 

Estas são as primeiras causas. 

Essa definição não é nossa vem de um critério também. Aqui assumimos a linha nascimentista para o conceito da filosofia contábil.

Façamos um exercício de primeiras causas. 

Se fossemos falar que o fim da contabilidade é o balanço entraríamos num erro. Pois o balanço não existe por si. Muito menos a auditoria, a análise, e a perícia. Muito menos a atuaria, a gestão, a modelagem, a estratégia e a orçamentação. Todas as tecnologias ou aplicações profissionais por mais que utilizem os balanços e informações contábeis, vem de uma coisa: a conta. Pois são complexos, deverão vir das unidades, como iniciais causas.

Mas a conta também não existe por si mesmo. A conta é um efeito de um fato. Se informação depois que algo acontece. Então, a causa primária para o conhecimento contábil é o fenômeno patrimonial. 

O fato patrimonial que causa todo o conhecimento contábil. Ele é a primeira causa  no sentido de objeto, e logo, a principal fonte de nosso saber. 

Mas ele também pertence a um complexo que é o patrimonial. Portanto, tirando toda a validade patrimoniológica, ou fenomênica patrimonial da contabilidade é mesmo que falar de uma nascente sem água, ou de um corpo sem vida, é anular totalmente qualquer tentativa de conhecimento contábil. 

Em suma é gerar elementos falsos sobre contabilidade quando se tenta destruir suas primeiras causas, gerando com isso os erros que nós conhecemos hoje de diversas perspectivas que não experimentam ao patrimônio mas o mercado, a natureza, as informações, ou dizem que a contabilidade é sem seu objeto, no caso, são intentos totalmente errôneos, ilógicos e absurdos. Qualquer tentativa fora do fenômeno patrimonial no contexto de contabilidade é totalmente sofismável. Isso é absolutamente lógico dentro dos critérios da gnosiologia. 

por Professor Rodrigo Antônio Chaves da Silva

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