Há um dogma de que não é possível desenvolver o empreendedorismo, deve-se nascer empreendedor. Isso não é verdadeiro, considerando características e perfis de personalidades inatas, tomando-se por base uma análise mais criteriosa dos vários empreendimentos existentes, independentemente de sua etapa evolutiva.
Tipos de personalidade empreendedora
1. Empreendedor nato
Esta figura é a personalização integral do empreendedor que, normalmente, desde cedo, por personalidade intrínseca, ou influências familiares, demonstra traços de vocação e de personalidade comuns do empreendedor. O desenvolvimento de tal vocação tem forte relação com o tipo de autoridade familiar e o ambiente motivacional familiar, tais como escala de valores, significados e percepção de negócio.
2. Herdeiro
Pode ou não possuir as características do empreendedor. Se empreendedor, por afinidade e vocação, dá continuidade ao empreendimento em que se encontra em treinamento, o que é muito comum. Não tendo características empreendedoras, sendo inseridos na empresa, por imposição ou falta de opção, desde cedo, podem vir a ser um problema para a continuidade da empresa, e não são muitas as exceções.
Não é incomum ver filhos de fundadores terem outras vocações e motivações e seguirem seus rumos, ou então perceber altos graus de frustração pessoal, normalmente na maturidade, por terem sido tolhidos em suas reais vocações, envolvidos e induzidos, enquanto jovens, pela imposição e pela aura do status do fundador, enquanto no papel de filhos e sucessores.
Optando pela sucessão, preparando-se adequadamente e conquistando espaço e respeito por competências e não pelo sobrenome, o herdeiro evita várias armadilhas, bem como o seu antecessor.
3. Funcionário de empresa
Podendo possuir características de empreendedor, tal pessoa sente ao longo da carreira um desequilíbrio na qualidade de vida pessoal e profissional, falta de reconhecimento entre suas contribuições e recompensas, limitação a seu desenvolvimento, falta de interesse por suas ideias ou interferência da burocracia da empresa.
Frustrado em suas necessidades de realização pessoal, em algum momento de sua carreira, resolve tentar e partir para um negócio próprio. Esse é um típico motivo para empreender, mas o cuidado que deve ser observado diz respeito à vocação, às motivações e ao perfil, uma vez que as exigências futuras, físicas, intelectuais e emocionais serão intensas.
4. Excelentes técnicos
Havendo características de empreendedor, dispõe do conhecimento e do know-how sobre algum produto ou serviço; sendo possuidor de experiência no ramo, resolve iniciar um negócio próprio, isoladamente ou com algum outro especialista. É muito comum alguém da área de produção unir-se a outro da área de vendas ou administração.
Esse também é um típico motivo para empreender, mas o cuidado que deve ser observado diz respeito à vocação, no caso atrelada a suas especialidades, mas principalmente às motivações e ao perfil, uma vez que as exigências futuras, físicas, intelectuais e emocionais serão altas.
5. Vendedores
Usualmente, entusiasmados pela dinâmica de suas funções quotidianas e conhecendo o mercado, com experiência do ramo, iniciam negócio próprio em indústria, comércio ou serviços. Típico motivo para empreender, mas o cuidado que deve ser observado diz respeito à vocação, que no caso está atrelada a suas especialidades e a sua rede de relações, mas principalmente às motivações e ao perfil, uma vez que as exigências futuras, físicas, intelectuais e emocionais serão muitas.
É muito comum funcionários de empresas da área técnica e comercial unirem- se para iniciar um negócio, o que do ponto de vista racional faz sentido, restando os aspectos pessoais e emocionais, inclusive com relação ao aspecto societário.
6. Opção ao desemprego
Modalidade de empreendimento arriscada que, por questões circunstanciais, normalmente é adotada, podendo ter dois desdobramentos:
• com características empreendedoras; há alguma possibilidade de sucesso;
• sem características empreendedoras; há chance de sucesso, dependendo de como a oportunidade é encarada.
É o pior motivo possível para iniciar algo, dada a pressão e a ansiedade típicas desses momentos, o que leva a decisões precipitadas e impensadas. Por essa opção, aguardar alguma outra possibilidade de emprego diminui ou elimina qualquer chance de sucesso do empreendimento.
7. Desenvolvimento paralelo
Sem entrar no aspecto do conflito de interesses ou ético, o funcionário ou diretor de uma empresa, como alternativa futura e tendo características empreendedoras, estrutura-se entre amigos ou familiares e desenvolve um negócio derivado de sua experiência ou não, ou se associa a outro ramo de atividades como sócio capitalista.
8. Aposentadoria
Com experiência adquirida e devido à idade precoce com que o mercado marginaliza as pessoas, inicia um negócio próprio, usualmente em comércio ou serviços, se não é oriundo da área de vendas ou produção. O cuidado deve ser tomado com relação a vocação, motivações e preparo, pois, sendo o motivo algo para passar o tempo, complementar renda ou acomodação, os resultados podem ser desastrosos.
É muito comum, por exemplo, aquele sonho de montar um hotelzinho na praia ou no campo, ter algo para fazer para livrar-se de uma série de atribulações, ter uma vida mais bucólica, realizar o sonho e ganhar dinheiro, unindo o útil ao agradável; neste caso o sonho pode durar pouco.
9. Falta de opções
É a pessoa que é compelida a empreender por problemas financeiros, muita dificuldade de emprego e para sustentação familiar, ou seja, por falta de opções. Uma modalidade de empreendimento arriscada que, por questões circunstanciais, normalmente é adotada. É o outro motivo desfavorável possível para iniciar algo, dada a pressão e a ansiedade típicas desses momentos, o que leva a decisões precipitadas e impensadas.
fonte: Gennegociosegestao.com.br/
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