terça-feira, 31 de julho de 2012

31/07 Brasil cria 1 milhão de empresas em 2012


Índice foi impulsionado pelo registro de microempreendedores individuais, que representam 65% dos novos negócios 

Modelos jurídicos que mais empregam apresentaram queda de 19% na criação de empresas neste ano 

THIAGO FERNANDES
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA  

O aumento do número de Microempreendedores Individuais (MEI) impulsionou o índice de abertura de empresas no Brasil neste ano. 

O país alcançou ontem a marca de 1 milhão de empresas criadas em 2012, segundo levantamento do IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário). Desse total, 65% são do tipo MEI. 

Excluindo essa modalidade jurídica, a criação de empresas apresentou uma queda de 19,2% no período, passando de 427 mil em 2011 para 345 mil neste ano. 

O estudo aponta que São Paulo foi o Estado com o maior número de novos negócios, com 28% do total, seguido de Minas Gerais (11%), Rio de Janeiro (9%) e Rio Grande do Sul (6%). A maior parte dos empreendimentos é do setor de serviços (51%). Em seguida vêm comércio (37%) e indústria (8%). 

Depois do MEI, os tipos jurídicos mais comuns são a Sociedade Empresária Limitada, com 15%, e Empresário Individual, com 13,5%. Juntos, os três representam mais de 93% dos novos negócios. 

CENÁRIO NEGATIVO 
O tributarista Gilberto Luiz do Amaral, coordenador do estudo do IBPT, vê a situação como preocupante. "Excluindo o MEI, os outros tipos empresariais representam mais de 80% do emprego do país. O índice é um termômetro da atividade econômica e reflete a queda na confiança do empresariado com o futuro da economia diante de um cenário de menor consumo interno", analisa. 

Por outro lado, o tributarista classifica como um grande acerto a criação do MEI em 2008 como estímulo à formalização de profissionais autônomos com faturamento anual de até R$ 60 mil. 

"Sem dúvida, é uma política acertada que vem reduzindo a informalidade na economia brasileira", afirma. 

Ele alerta, no entanto, para o fato de que esses empreendimentos não representam a criação de empregos. 

"O que vemos é mais a formalização de atividades que já existiam, de profissionais que já atuavam no mercado, e não a criação de novos postos de trabalho." 
 
Fonte: Folha de S.Paulo

Via CFC

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