quarta-feira, 9 de maio de 2012

09/05 Auditoria interna: um instrumento de vantagem competitiva

Auxiliar na execução de estratégias, garantir maior eficiência nos processos internos, identificar, avaliar e monitorar riscos de negócio e propor alternativas para gerenciá-los, possibilitando a redução de custos e a otimização de receitas. São essas e outras vantagens proporcionadas pelas atividades de auditoria interna que vem fazendo com que essa prática tão recorrente em grandes companhias ganhe cada vez mais espaço nas empresas de médio e pequeno porte – mesmo sem a denominação formal. 

O movimento de consolidação da auditoria interna no país acontece à medida que os negócios se tornam cada vez mais complexos, envolvendo a gestão dos riscos empresariais, exigências regulatórias, volume de transação, balanceamento da estrutura de controles internos e internacionalização. Nesse cenário, ela se torna parte integrante e fundamental dos negócios das empresas, com o objetivo de preservar e agregar valor às operações e também de fortalecer os princípios de governança corporativa.

Isso porque, além de minimizar a probabilidade de erros ou práticas internas ineficazes, a auditoria interna serve também como ferramenta de gestão, capaz de orientar as ações estratégicas do empreendedor na conquista de novos mercados, bem como facilita o acesso ao capital. Trata-se de uma mudança cultural no meio empresarial, que vem assimilando a necessidade de maior transparência e da profissionalização em seus negócios. Hoje, a visão dos gestores tem um olho no peixe e outro no gato.

As funções de uma auditoria interna focam inicialmente em verificar a existência, a suficiência e a aplicação das normas e dos controles internos, para que eles possam ser corrigidos e aperfeiçoados, bem como serve também para evitar desvios de conduta de qualquer natureza. Para isso, é preciso implementar uma abordagem sistemática e disciplinada para avaliar os riscos empresariais e melhorar a efetividade dos processos, com o objetivo de ajudar a organização a atingir seus objetivos. 

Mas como implantar com eficiência e eficácia um processo de auditoria interna? O primeiro passo é avaliar cuidadosamente às normas e regras internas da empresa para se ter certeza de que elas estão sendo seguidas corretamente pelos colaboradores e avaliar também se há a necessidade de melhorá-las e se há a necessidade de criar novas normas.

O próximo passo é o estabelecimento de um plano de auditoria interna com base nos riscos empresariais, que deverá proporcionar um balanceamento apropriado entre as atividades de compliance (controle das atividades e negócios internos e externos), gerenciamento de riscos e desenvolvimento de oportunidades. Esse planejamento deverá contemplar também a infraestrutura, recursos, ferramentas, metodologias, planejamento e cobertura dos trabalhos. 

De modo geral a auditoria interna assegura avaliações de forma independente, imparcial e oportuna sobre a efetividade do gerenciamento dos riscos empresariais, a adequação dos controles e o cumprimento de normas e regulamentos associados às operações da empresa.

Independentemente do modelo a se seguir – já que não existem receitas prontas, é preciso sempre ter em mente os resultados: mais do que necessária, a auditoria interna é um instrumento que se paga em um curto período de tempo, afinal gera valor para a companhia e alavanca os resultados.  

* por Alex Borges, responsável pela área de consultoria dos escritórios da Deloitte em Curitiba, Joinville e Porto Alegre.



Via Portal Contábil SC

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