quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

19/01 Inovação empresarial: necessidade ou obrigação?


 A intensa disputa por novos mercados tem obrigado as empresas a desenvolverem constantes estratégias que possam dinamizar seus processos internos

As transformações trazidas desde as últimas décadas do século XX ocasionadas a partir da globalização têm gerado novas atitudes empresariais. Estas mudanças de postura ficam evidentes quando nos deparamos com o surgimento de vocábulos e estrangeirismos que dão nome a "novas" ações organizacionais, tais comobrainstorming, Core Business, Downsizing,Empowerment, Just-in-Time e tantos outros. Mas, você deve estar se perguntando, o que elas tem em comum? A resposta é muito simples: elas foram ou são ferramentas administrativas inovadoras, utilizadas para gerar diferenciais competitivos.
Vivenciamos um mercado globalizado, o qual segrega empresas que não se adaptam as mudanças constantes ocorridas. As regras de competitividade deste jogo são ditadas por clientes cada vez mais exigentes. E, por sua vez, as organizações que querem permanecer "vivas" devem criar estratégias inovadoras e diferenciadas para satisfazer estes consumidores. Ufa... é isso ai mesmo.

Sendo assim, você já deve ter percebido que tudo o que foi abordado anteriormente gira em torno de um tema comum: inovação empresarial. Todas as empresas com foco no cliente buscam inovar para satisfazê-los. Então, a partir de agora, iremos tratar deste assunto tão comum nos cotidianos das pessoas e das organizações.

O vocábulo inovação está muito presente no dia a dia das pessoas: é comum ouvirmos alguém dizer: "Ah preciso dar uma inovada na aparência" ou "Estamos precisando inovar para vender mais". Enfim, frequentemente mencionamos o termo para denotar mudança ou fazer algo novo ou diferente do habitual.
Afinal o que é inovação?
Segundo o Manual de Oslo, inovação é a introdução de algo novo em qualquer atividade humana. É vetor de desenvolvimento humano e melhoria da qualidade de vida. Em uma empresa, inovar significa introduzir algo novo ou modificar substancialmente algo existente.

Boa parte da literatura mais recente sublinha especificamente a importância do conhecimento tácito como fonte de inovação e competitividade, bem como o papel das interações locais na produção e na difusão desse conhecimento (Lundvall, 2002; Patrucco, 2003; Albagli; Maciel, 2003).

A capacidade de inovar é atualmente considerada uma das mais importantes características das organizações competitivas. Para isso, a busca sistemática por inovações radicais, ou seja, aquelas capazes de criar novos mercados, proporcionar rápida expansão produtiva e crescimento econômico, e por inovações incrementais, identificadas com processos de melhoria contínua, como "fazer melhor o que já se fazia", é fundamental para a sobrevivência das empresas.

A questão da competitividade empresarial vai além da busca pela excelência de desempenho e da eficiência técnica da organização, ela engloba também, a capacidade de desenvolver processos sistemáticos que possam comumente melhorar o desenvolvimento dos processos presentes dentro das empresas. A gestão da inovação vai buscar reunir os instrumentos suficientemente necessários para coordenar as ações que possam garantir a capacidade de inovação empresarial.

A capacidade de inovar depende também de condições objetivas dadas pela capacidade social de criar conhecimento do ambiente em que se insere a organização, incluindo a existência de competências específicas, de financiamento e de baixos custos de transação. Em outras palavras, a existência de sistemas de inovação bem constituídos (Lundvall, 2001).
Por que a minha empresa precisa de inovação?
Comumente ainda nos deparamos com este questionamento, que reside na resistência fatídica de que mudança é sinal de problema futuro e repousa na acomodação da satisfação momentânea. É então que alguém diz: "Meu avô já faz isso há 50 anos e veja só, estamos aqui até hoje, sobrevivemos a tantas coisas".

Porém, o Brasil vive atualmente a ruptura de um paradigma, marcado pelo capitalismo compadrio tão presente no século passado, que aquelas empresas que pretendem ter longevidade precisam adequar-se a novas realidades que vão além de meras políticas comerciais. Preço não é diferencial e qualidade é obrigação comum a todas as organizações empresariais.

A administração de uma empresa vai além das fórmulas pré-prontas vendidas por alguns consultores e tão lidas nos "romances" administrativos, tidos até então, como best sellers, os quais ensinam em lições teoricamente fáceis, como lidar com os processos internos de uma organização. Cada empresa é única, seus clientes são únicos e seus colaboradores também. Cada uma requer uma análise aprofundada e diferenciada. É necessário também se fazer um estudo do ambiente interno e externo e, após cumprir essas etapas, se traçar o planejamento estratégico da empresa.
A pergunta que não quer calar: inovação empresarial é sinônimo de sucesso garantido?
Hum... sinto decepcioná-lo caro leitor, mas o sucesso empresarial não é um conjunto de inúmeros fatores aglomerados e direcionados a partir de um objetivo comum e compartilhado pelos membros de uma empresa pois ele depende muito do esforço contínuo e a longo prazo. A inovação é apenas uma das importantes ferramentas que podem ou não garantir o êxito empresarial.

E, por fim, a geração de satisfação do cliente é a garantia mínima de que sua empresa sobreviverá por algum tempo neste mercado. No entanto, o elixir que garantirá longevidade ao seu negócio é a busca incansável por ferramentas que possam reinventar e dinamizar os processos mas, para isso, é preciso empreender e fazer diferente. É necessário inovar sempre.

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