segunda-feira, 18 de julho de 2011

18/07 Contabilidade Internacional (O despertar de uma nova era)

Vou iniciar este artigo com uma pequena história que, tenho certeza, já aconteceu muitas vezes com você caro colega Contabilista.O Contador entrega o resultado para o gestor da Empresa e este simplesmente “brinca” com o Contador: “não preciso do seu resultado, já tenho o resultado que preciso comigo, eu mesmo fiz”. O Gestor, intuitivamente esta fazendo o resultado baseado na Contabilidade Internacional, o resultado real da empresa. Por sua vez, o Contador está gerando o resultado baseado em normas fiscais, que é a sua verdade, é o que ele acredita estar certo. Neste caso, o Gestor respeita a contabilidade, pois é ela que está mantendo a empresa dentro da lei, mas não confia neste resultado para tomar suas decisões.Após a aprovação da Lei 11.638/07 onde determina que as empresas terão que seguir normas internacionais em sua contabilidade e após a aprovação dos CPCs (Comitê de Pronunciamentos Contábeis) onde definem as normas contábeis para a adoção de normas internacionais de contabilidade, As empresas estão obrigadas a publicar suas demonstrações contábeis baseadas nestas normas.As normas são a base que devemos seguir para uma correta demonstração contábil, mas o mais importante é entender o real significado desta nova visão da contabilidade, da nova postura do profissional contábil, significa que a nossa contabilidade (Brasileira) está inserida no contexto mundial.A Contabilidade como devemos enxergar de agora em diante é uma contabilidade voltada para os padrões mundiais de contabilidade. É uma contabilidade vista pela ótica do gestor no negócio, dos acionistas, dos Bancos, de investidores estrangeiros, de exportadores, etc.O profissional contábil deve ter uma postura voltada para o resultado, demonstrar corretamente o Balanço e o Resultado para que quem estiver analisando possa entender esta contabilidade em um padrão mundial, que será entendida da mesma forma pelos analistas Brasileiros ou do exterior.É uma mudança fantástica, pois esta nova contabilidade irá refletir a situação patrimonial correta da empresa e não a situação baseada em normas fiscais.Alguns profissionais podem sentir se contrariados com esta mudança, pois estão habituados a gerar suas informações em bases fiscais e para eles é um “sacrilégio” mudar os números e não refletir o que o Fisco exige. Mas ai é que está a evolução do profissional contábil. Este mesmo profissional terá que “andar em dois mundos” o mundo Fiscal e o mundo da Contabilidade Internacional, precisarão criar uma metodologia onde possa extrair de seu Balancete os números para atender o Fisco e a Contabilidade Internacional.Colegas Contadores é preciso entender este princípio, esta mudança de postura para compreender as normas internacionais. O Contador deverá ficar atento em atender as normas fiscais e também refletir em sua contabilidade as bases para tomada de decisões pelos gestores.Como fazer isto é um detalhe técnico que pode muito bem ser resolvido. O que deve ser resolvido realmente é a mudança de postura, o Contador agora (por exemplo) terá que contabilizar a depreciação para atender o fisco e contabilizar a depreciação para atender as normas internacionais que irão refletir realmente a depreciação correta dos bens, a depreciação que no final quando o bem for vendido, não irá gerar ganhos ou perdas extraordinárias.Outro exemplo são as provisões para contingências. Estas provisões não estão previstas na contabilidade Fiscal, mas é imprescindível na Contabilidade Internacional, pois irão refletir a real situação da empresa.

Theodoro Versolato Junior

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