Como é do conhecimento de muitos, há alguns meses o governo federal adotou 35 medidas para estimular os investimentos e reduzir os efeitos negativos do câmbio sobre o setor exportador
É perfeitamente natural que a valorização do real reduza a competitividade dos produtos nacionais no exterior, porém nota-se que os exportadores brasileiros ainda não conseguiram se adaptar com o fantasma da oscilação cambial
As medidas adotadas, mesmo sendo paliativas, geram resultados satisfatórios principalmente no que cerne a compensação do pagamento de tributos. Notem que o meu objetivo não é criticar os conceitos e suas conseqüências positivas, apenas gostaria de lançar uma reflexão sobre como as ações governamentais são tomadas na base do apaga incêndio, no lugar do benefício em longo prazo.
Ao analisarmos o impacto dos órgãos governamentais da nossa nação no comércio exterior, conclui-se que antes de qualquer medida relativa à desoneração tributaria, deveria haver uma reestruturação e desburocratização como meio de ajuda indireta no estímulo a competitividade do nosso produto no mercado internacional.
Não há uma comunicação alinhada entre órgãos como a ANVISA e a Receita Federal, tornando os processos morosos e financeiramente prejudiciais aos exportadores. Os serviços dessas entidades estão aquém do que seria ideal para o progresso do nosso país, contribuindo massivamente para o aumento do custo Brasil, refletindo nos altos preços praticados pelos exportadores brasileiros. Pode-se comprovar que os custos indiretos causados pelo entrave nos processos de desembaraço, são extremamente prejudiciais à saúde financeira das empresas e competitividade dos nossos produtos no mercado externo, superando o custo da alta carga tributária no nosso país.
Como trabalhadores deste segmento, empresários, contribuintes devemos agir pressionando o governo na tomada de decisões mais assertivas, pois somos nós que em tese ditamos as regras
por Adriana Garcez
Fonte: NetMarinha
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